segunda-feira, 7 de maio de 2012

Hoje começa em Votuporanga a I Semana da Anemia Falciforme





Saúde: Começa segunda-feira, a I Semana da Anemia Falciforme







 Da Redação









Começa hoje segunda, dia 07, a cerimônia de abertura da “I Semana de Conscientização sobre a Anemia Falciforme”, uma realização da Secretaria de Saúde, Unifev e Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CPDCN). O evento será no auditório da Cidade Universitária Unifev, às 09h, e contará com as presenças da secretária da saúde – Fabiana Parma, do reitor da Unifev – Dr. Marcelo Ferreira Lourenço, da presidente do CPDCN – Maria Madalena Moreira, além de autoridades, convidados, profissionais da saúde e alunos da graduação de enfermagem.

A Semana segue até o dia 12 de maio (sábado) oferecendo a população uma programação diversificada abordando a anemia falciforme, com palestras e orientações sobre a anemia falciforme. Entre os dias 07 e 11 de maio os afrodescendentes interessados poderão fazer o teste gratuito de falcização disponibilizados em todas as Unidades de Saúde e Consultórios Municipais. No entanto, devido à miscigenação de raças no país, pessoas que não se encaixam nesse biotipo também devem ser submetidos ao teste – de acordo com a comissão organizadora do evento.

Campanha

O objetivo da campanha é chamar a atenção de jovens descendentes da raça negra, que possuam uma predisposição genética à doença, para serem submetidos a exames para a identificação de traços da anemia falciforme. Votuporanga possui 22,09% de população afrodescendente e por ser alta a incidência da doença nesta etnia, trata se de um caso de saúde pública.

Encerramento

O encerramento da semana será no dia 12 (sábado) das 09h às 12h na praça da Matriz, com a promoção de ações, como: aferição de pressão, orientações sobre a anemia falciforme e apresentação de grupos de capoeira e ritmos afros.

Programação

Dia 07/05 – Abertura (segunda-feira)

09h - Solenidade de abertura do evento

Local - Auditório da Cidade Universitária Unifev (Av. Nasser Marão nº 3069 – Parque Industrial I)



10 h - Palestra: “Anemia Falciforme e seus diagnósticos”.

Palestrante – Profª MSc .Eloni Aparecida Fontana

Local - Espaço Unifev Saúde (anexo a Santa Casa)

Público -alvo - profissionais e alunos da área da saúde da unifev e comunidade em geral



Dia08/05 (terça-feira)

20 h - Palestra: “Convivendo com a anemia falciforme”.

Palestrante – Drª. Ilmeida Helena Tonini de Oliveira

Local - Espaço Unifev Saúde (anexo a Santa Casa)

Público -alvo - profissionais e alunos da área da saúde da unifev e comunidade em geral



Dia 12/05 (sábado)

09h - Encerramento do evento

Local - Praça da Matriz (frente ao Supermercado Santa Cruz)

Atividades - informações sobre anemia falciforme com a participação de alunos de enfermagem da Unifev, apresentações culturais afrobrasileiras, roda de capoeira e ritmos afros



Anemia Falciforme

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, representam cerca de 8% dos negros, mas devido à miscigenação historicamente ocorrida no país, pode ser observada também em pessoas de raça branca ou parda.



O problema é hereditário (passa dos pais para os filhos) caracterizado pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue. Essas células têm a membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia. A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo.



Sintomas

A anemia falciforme pode se manifestar de forma diferente de pessoa para pessoa. Alguns apresentam sintomas leves, outros, um ou mais sinais. Os sintomas geralmente aparecem antes dos dois anos de vida da criança:



- Crise de dor: é o sintoma mais freqüente da doença falciforme causado pela obstrução de pequenos vasos sanguíneos pelos glóbulos vermelhos em forma de foice. A dor é mais freqüente nos ossos e nas articulações, podendo, porém atingir qualquer parte do corpo. Essas crises têm duração variável e podem ocorrer várias vezes ao ano. Geralmente são associadas ao tempo frio, infecções, período pré-menstrual, problemas emocionais, gravidez ou desidratação;



- Icterícia (cor amarela nos olhos e pele): é o sinal mais freqüente da doença. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue que se chama bilirrubina, fazendo com que o branco dos olhos e a pele fiquem amarelos;



- Síndrome mão-pé: nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos sangüíneos das mãos e dos pés, causando inchaço, dor e vermelhidão no local;



- Infecções: as pessoas com doença falciforme têm maior propensão a infecções e, principalmente as crianças podem ter mais pneumonias e meningites. Por isso elas devem receber vacinas especiais para prevenir estas complicações. Ao primeiro sinal de febre deve-se procurar o hospital onde é feito o acompanhamento da doença. Isto certamente fará com que a infecção seja controlada com mais facilidade;



- Úlcera (ferida) de Perna: ocorre mais freqüentemente próximo aos tornozelos, a partir da adolescência. As úlceras podem levar anos para a cicatrização completa, se não forem bem cuidadas no início do seu aparecimento. Para prevenir o aparecimento das úlceras, os pacientes devem usar meias grossas e sapatos;



- Seqüestro do Sangue no Baço: o baço é o órgão que filtra o sangue. Em crianças com anemia falciforme, o baço pode aumentar rapidamente por seqüestrar todo o sangue e isso pode levar rapidamente à morte por falta de sangue para os outros órgãos, como o cérebro e o coração. É uma complicação da doença que envolve risco de vida e exige tratamento emergencial.












































































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Manoel Messias Pereira

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