terça-feira, 10 de setembro de 2013

Encontro vai discutir repressão a espaços negros de cultura na Bahia

cidade de Salvador- BA

Encontro vai discutir repressão a espaços negros de cultura na Bahia
porLeidiane Brandão


A primeira capital do Brasil, Salvador também é a cidade com maior número de negros. No entanto, apesar de toda a luta desse povo para garantir seu espaço na sociedade, o negro continua sendo vítima do racismo, sendo que até mesmo os espaços culturais dedicado a esse público, são criminalizados.

Com o objetivo de encontrar alternativa para o problema, um debate com artistas, produtores culturais, frequentadores desses espaços e representantes do poder público, será realizado na próxima terça-feira (10), às 14 horas, na sede do Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC), no Campo Grande.

De acordo com informações do CEC, no início de agosto, bares tradicionais do Pelourinho, como o Sankofa African Bar e o Bar do Fua, tiveram as aparelhagens de som apreendidas pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom). Desde então, agentes culturais têm buscado apoio para que seja ampliado o debate sobre como os espaços negros de cultura podem sair da condição de marginalizados, repensando as regras e práticas de ambas as partes para seu pleno funcionamento.

Para Márcio Caíres, presidente do CEC, o evento tem como objetivo principal encontrar alternativas para combater a criminalização dos espaços negros de cultura do estado, além de legitimar encaminhamentos concretos, promovendo um debate sobre a violência, dando voz a quem sofreu.

O conselheiro de cultura e ativista do Movimento Negro no Conselho Estadual de Cultura, Nelson Maca, espera que a plenária sirva de exemplo para que a sociedade civil perceba como o CEC precisa ter um papel de articulação.

“Muito se fala da hostilidade do Estado para com a cultura negra e seus espaços originais, mas pouco tem se enfrentado a questão de maneira organizada e solidária, muito menos nas instituições públicas. Toda essa movimentação articula um grande debate e será vital para a implementação de projetos e ações que complementam a campanha contra o genocídio do povo negro no país. Juntas, essas forças são vitais para a preservação da integridade física e subjetiva da população negra”, afirma.
Ele também representa a Campanha “Reação Sankofa: Contra a Criminalização dos Espaços Negros de Cultura”.

No último dia 20 de agosto, a questão dos espaços negros de cultura fez parte dos assuntos tratados em reunião entre  representantes do Movimento Negro e o governador Jaques Wagner.
Entre os nomes confirmados na mesa de debates marcada para amanhã, estão: a empreendedora cultural Gal do Beco, a sacerdotisa Mãe Rosa, do Terre


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Manoel Messias Pereira

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