sábado, 21 de maio de 2011

Manifestação Popular nas ruas da Espanha

Por Redação, com agências internacionais - de Madri


Manifestantes se refugiam no alto de um domo, na estação de metrô de Portada do Sol, em Madri, para namorar


O movimento que iniciou no dia 15 de maio, chamado 15-M ou a “revolução espanhola”, cresceu nesta sexta-feira com panelaços que reuniram manifestantes em dezenas de cidades de todo o país para exigir a mudança de um sistema que consideram injusto. A revolta cresce a cada hora. Começou com uma convocatória nas redes sociais e internet para repudiar a corrupção endêmica do sistema e a falta de oportunidades para os mais jovens. A também chamada Revolução dos Indignados acusa, pela situação atual, o FMI, a OTAN, a União Europeia, as agências de classificação de risco, o Banco Mundial e, no caso da Espanha, os dois grandes partidos: PP e PSOE.

Ainda nesta sexta-feira, o ex-presidente de Cuba Fidel Castro comentou sobre as manifestações na Espanha que tem levado milhares de jovens às ruas de Madri e outros centros urbanos e questionou se as respostas às passeatas serão “bombardeios da OTAN”, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

“O que acontecerá na Espanha, onde as massas protestam nas cidades principais do país porque até 40% dos jovens estão desempregados, para citar só uma das causas da manifestações desde combativo povo? Será por acaso que serão iniciados bombardeios a esse país da OTAN?”, questionou em um artigo publicado no jornal Cubadebate.

Fidel ironizou, dessa forma, a postura da coalizão internacional frente à situação na Líbia e nos países árabes, onde milhares de pessoas passaram a protestar contra seus governos desde o início do ano e, com o recrudescimento dos conflitos, a OTAN passou a intervir militarmente. A Espanha é agora o novo país que tem sido alvo de protestos populares contra os efeitos da crise econômica mundial. Desde segunda-feira, milhares de pessoas, em sua maioria jovens, que mais têm sofrido com os altos índices de desemprego, tomaram as ruas de 166 cidades do país e prometem continuar as manifestações até domingo, quando ocorrerão eleições regionais.

Para o líder revolucionário, os governos das potências globais têm sido “incapazes de ver o que na realidade ocorre com a pobreza, a falta de serviços fundamentais de educação, saúde, emprego e algo pior: a satisfação de necessidades vitais como alimentos, água potável, teto e outras tantas”. Ele também comentou sobre o discurso que o presidente norte-americano, Barack Obama, fez ontem sobre a situação econômica e social dos países árabes.

“Ninguém suponha, desde já, que Obama é dono da situação; só usa algumas palavras importantes que o velho sistema em sua origem outorgou ao presidente Constitucional dos Estados Unidos”, observou, em apoio aos manifestantes.

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Manoel Messias Pereira

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