terça-feira, 17 de maio de 2011

Resumo diario do PCB - Partido Comunista Brasileiro

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AS CHUVAS EM PERNAMBUCO E A FALÁCIA GOVERNAMENTAL
EM 9 DE MAIO CELEBREMOS A LUTA DOS POVOS CONTRA O NAZIFACISMO
PC da Grécia, Greve Geral de Massa e resposta decisiva da classe contra o assalto ao trabalhador





As chuvas em Pernambuco e a falácia governamental


Crédito: t2.gstatic.com




Luciano Morais*

A incidência das chuvas, ultrapassando as previsões meteorológicas, vem castigando mais uma vez as populações da Região Metropolitana do Recife e da zona da Mata Sul. O número de desabrigados e desalojados somava 15 mil famílias até 05 de maio. Trinta municípios foram atingidos e 20 decretaram estado de emergência e nove estado de calamidade.

Obviamente não devemos encarar a questão das chuvas como sendo um exercício aritmético, ou seja, quanto mais chuva, mais vítimas. Este resultado tem relação com a omissão e a negligência do governo do Estado e com o comportamento subserviente dos governos municipais, que insistem em contra-argumentar os fatos decorrentes das promessas esquecidas, passada a comoção inicial com as tragédias no ano passado. O governo vem utilizando propaganda ufanista de crescimento econômico, mas ignora os baixos índices de desenvolvimento humano, da desigualdade social e da concentração de renda e riqueza expostas de forma implacável nesta situação de calamidade.

Em geral, aponta a ocupação de áreas de risco como sendo a responsável pelas tragédias. Mas não observa que na Mata Sul, por exemplo, não há outro lugar para ocupar se não à beira do rio, já que nas demais áreas a prioridade é o plantio de cana-de-açúcar. Aliás, não devemos condenar todas as moradias em áreas ribeirinhas, haja vista os bairros nobres do Recife, inclusive o Palácio do Campo das Princesas, serem situados às margens dos rios Beberibe e Capibaribe e não sofrerem com alagamentos. Entretanto, não se trata apenas de questões naturais, mas sim da opção social, política e econômica do governo.

De acordo com a agência Condepe/Fidem, o crescimento econômico é vertiginoso de Pernambuco, com o maior PIB (9,3%) em 15 anos, e taxas de crescimento maior que o Brasil (7,5%). Divulgaram, também, a renda per capita de Ipojuca (município da Mata Sul), na casa dos R$ 84.405,26. Isto significa que é 8,6% maior que a renda per capita que a dos EUA, e com o IDH menor que o do Siri Lanka. Mas não divulgaram que, em média, os trabalhadores da cidade onde se localiza o oásis da prosperidade, SUAPE, recebem ‘per capita’ apenas R$ 1.000,00 (um mil reais). Além desse crescimento econômico não representar a melhoria na condição de vida da população, ainda agrava aquilo que no sistema capitalista tem sua face mais predatória, que é a acumulação de riquezas por poucos e o aumento do número de pobres e miseráveis. Negando o princípio mais fundamental do ser humano, que é viver com dignidade.

Pernambuco ostenta hoje déficit habitacional de aproximadamente 420 mil casas. Este número considera também as moradias em áreas de risco, além dos sem tetos. Mesmo assim, o governo reeleito só se pronunciou sobre esta situação após as enxurradas que destruíram Palmares, Cortez, Barreiros entre outras cidades, em 2010. Prometeu a construção de 16 mil casas em quatro anos. Um ano depois das tragédias e das promessas, apenas 200 casas estão prontas para serem entregues. Alegam obstáculos com a burocracia e com as licitações, mas não dizem que, em situações excepcionais, o governo tem o poder discricionário com previsão legal de deferir à revelia de procedimentos burocráticos, como as licitações, por exemplo. Aliás, o Estado foi criado para representar o interesse do povo, o Estado de Direito, e não para metamorfosear-se em Direito do Estado, ignorando os princípios que fundamentaram sua criação.

Em contrapartida, o governador Eduardo Campos e a presidente Dilma Roussef, anunciaram esta semana a liberação de verbas, abertura de licitações e prazos para início e conclusão das obras de construção de barragens de contenção nos afluentes do rio Una. Tanta eficiência estatal, inclusive com a definição de datas, não se observa nas demandas sociais, como a construção das casas populares e uma proposta de reforma urbana capaz de impedir a ocorrência de tantas catástrofes.

É lamentável que maioria das organizações populares e os partidos políticos não se manifestem diante desse absurdo. Também, pudera, dezessete partidos compõem a base aliada, e os demais, quando não ocupam uma oposição apenas formal, trocam seu silêncio pela liberação de recursos. Isso tem garantido a popularidade e a aceitação do governo. As manifestações do PCB e dos Partidos e organizações da esquerda socialista, apesar de representar uma resistência imprescindível à classe trabalhadora, não abalam a blindagem propagandista da máquina governamental. Lembra com muita preocupação Goebbels, o mestre da propaganda nazista, que blindou de tal forma Adolf Hitler, e afirmou “... a maioria do povo, quando se sentia desgostoso com muitos aspectos do regime nazista, distinguia clara e conscientemente entre a ‘turma do partido’ e o Fuhrer, distinção essa que se manteve acesa até o último instante da Alemanha hitlerista”. É exatamente isso que ocorre quando se elimina a criticidade do seio da sociedade: o amoldamento acrítico da sociedade a um projeto elitista e antipopular.

*Secretário de Organização do PCB-PE e estudante de Direito.







Em 9 de maio, celebramos o aniversário da vitória dos povos contra o nazifascismo



Crédito: PCPE
RESOLUÇÃO DO COMITÊ EXECUTIVO DO PCPE


Em 9 de maio, celebramos o aniversário da vitória dos povos contra o nazifascismo e mantemos o compromisso de luta contra a Europa da guerra e dos monopólios

O Comitê Executivo do PCPE, ante o 66º aniversário da vitória dos povos da Europa frente ao horror nazifascista, quer renovar o compromisso do conjunto de militantes do Partido em continuar a luta contra as políticas da União Europeia. Hoje, a UE é a expressão dos interesses dos monopólios, do grande capital e instrumento imperialista contra os povos do mundo.

É necessário recuperar e dignificar a memória autêntica dos (as) lutadores antifascistas que, em muitos países que atualmente compõem a UE, deram a vida e se sacrificaram para libertar seus povos da ameaça nazifascista, exemplo extremo sanguinário e violento da reação burguesa frente a uma classe trabalhadora triunfante, que demonstrava a possibilidade de um mundo sem exploração, ao mesmo tempo em que edificava o socialismo na URSS.

Perante aqueles que hoje, nos parlamentos, ministérios, comissões ou fundações, pretendem apagar a memória dos (as) lutadores antifascistas, recuperando os símbolos e mensagens dos colaboracionistas nazistas, utilizando uma pretensa equiparação do comunismo com o nazifascismo, o PCPE quer expressar sua admiração pela exemplar tarefa antifascista e de construção socialista empreendida em boa parte da Europa, em busca de sua libertação, por parte do Exército Vermelho.

Dessa forma, o PCPE apresenta a sua mais absoluta condenação acerca das medidas propostas e adotadas em diversas instâncias da UE, tendentes a criminalizar as idéias e as simbologias comunistas, assim como revisar a história para atenuar o papel daqueles que colaboraram com os regimes assassinos nazifascistas. Tal quadro se encaminha hoje para o desprestígio dos que lutaram por uma sociedade sem exploradores, na qual os povos, e não os interesses do grande capital, seja quem decide o rumo e o modelo socioeconômico a seguir.

Na Espanha, nos encontramos em plena campanha eleitoral, na qual se elegerão os representantes locais. Os partidos do sistema dedicam uma boa parte de seus discursos a legitimar as políticas da EU. Enquanto isso, o PCPE aproveita esta campanha eleitoral para realizar uma expressiva e decidida denúncia dos mecanismos de opressão que o capital desenvolve em nosso país, entre os quais os planos da União Europeia possuem grande importância.

As políticas anti-trabalhadoras e contra os interesses populares aprovadas pelos governos da UE, vêm causando massivas perdas de emprego em setores como a agricultura, a pecuária ou a pesca, transformando importantes zonas industriais em autênticos desertos, obrigando a juventude a emigrar. Estão assentando as bases para um projeto, que visa trazer para nosso país, um modelo econômico terciário, enfocado no turismo, carente de capacidade industrial e autonomia energética.

Neste plano, colaboram todas as instituições, estatais, autônomas e municipais, fazendo uso de milhares de milhões de euros em fundos europeus para o enriquecimento de algumas empresas, aplicando conscientemente políticas que não promovem mais que lesões constantes aos interesses do conjunto da classe operária e setores populares.

Nós, comunistas do PCPE, estamos comprometidos na luta contra os monopólios e as consequências do aprofundamento do caráter imperialista da União Europeia em todos os âmbitos. As consequências dos planos de estabilidade, o pacto pelo euro-plus (abono) e outras decisões tomadas pelo Conselho Europeu, a Comissão Europeia e pelo Eurogrupo, especialmente os “resgates” (recuperações) econômicos da Grécia, Irlanda, Portugal e, possivelmente, de mais países no futuro, afetam diretamente os serviços públicos, em todos os níveis, especialmente, o local e o autônomo. Isso ocorre, pois tais decisões implicarão em mais cortes, mais privatizações e mais espaços serão abertos para a acumulação capitalista, não para a satisfação das necessidades do povo.

Por tudo isso, hoje nós reafirmamos nosso compromisso de luta contra as políticas capitalistas da UE, dos governos estatais, municipais ou autônomos. Reafirmamos nosso compromisso com a classe operária e os setores populares que, hoje, são os principais afetados por essas políticas. Conclamamos aos (às) lutadores a organizarem-se no Partido Comunista, como via mais eficaz para iniciar o caminho da resistência e da luta frente aos contínuos ataques da oligarquia, nos permitindo acumular forças suficientes para iniciarmos a construção do Socialismo e do Comunismo em nosso país.

Comitê Executivo do PCPE

Madrid, 9 de maio de 2011.

Fonte: www.pcpe.es

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza


PC da Grécia, Greve Geral de Massa e resposta decisiva da classe contra o assalto ao trabalhador

















Partido Comunista da Grécia

Greve Geral de Massa e resposta decisiva da classe contra o assalto ao trabalhador

Uma greve geral de suma importância, conduzida pela PAME(Central Sindical), foi deflagrada na quarta-feira, dia 11 de Maio, contra o contínuo ataque contra o trabalhador que vem sendo praticado pelo governo do PASOK, a União Europeia, o FMI, o Banco Central Europeu, a plutocracia do país apoiada por seus partidos. Incontáveis postos de trabalho de trabalho, público e privado, aderiram à paralisação. Fábricas, empresas, estabelecimentos de negócios, toda a mídia, os portos e outros setores permaneceram fechados. Linhas de piquetes, desde a madrugada, rodearam locais de trabalho e apoiaram a greve dos trabalhadores de forma organizada e de massa. Os trabalhadores grevistas lutaram uma batalha significativa e, protegidos pela participação na greve, desafiaram o terrorismo dos empregadores, a intimidação, a decepção e o fatalismo.

Milhares de comunistas, membros e dirigentes do KKE e KNE, com visitas, falas e intervenções nas fábricas e nos locais de trabalho, e, protegidos pela greve, travaram, com sucesso, a batalha.

Dezenas de milhares de manifestantes lotaram o centro de Atenas e dezenas de outras cidades para participar nas ações de greve da PAME e se manifestaram, de forma massiva e bem protegida, pela condenação das medidas anti-trabalhadores que estão sendo implementadas. Em particular, os salários do setor público e as antigas empresas públicas, assim como os benefícios sociais e as pensões, estão sendo atacados mais uma vez pela classe burguesa. Eles estão tentando impor, como um princípio geral, as “relações trabalhistas flexíveis em todo lugar”. Mais ainda, amplos cortes nos gastos estão previstos para a Saúde, gastos médicos, Educação, Bem-Estar, cobertura de seguro social para profissões perigosas e insalubres. Novos impostos indiretos serão imputados aos trabalhadores ao mesmo tempo em que o governo está planejando fechar órgãos públicos e demitir trabalhadores com contratos de trabalho temporários.

A Secretária Geral do KKE, Aleka Papariga, participou da manifestação da PAME em Atenas e fez a seguinte declaração aos jornalistas: “A linha política dos de cima leva a uma falência organizada e controlada. O povo, os trabalhadores e funcionários, os trabalhadores autônomos devem escrever suas próprias páginas na história desse país, em letras realmente grandes e em negrito. Esta angústia deve ser transformada em força para que eles possam levar seu contra-ataque à vitória. Não há outro caminho”.

O principal orador da manifestação da PAME em Atenas, Vasilis Stamoulis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Têxteis e Curtume, salientou o seguinte, entre outras coisas de sua fala:

“Nós estamos mandando uma mensagem dizendo que as novas e bárbaras medidas que eles estão preparando encontrarão resistência massiva e decisiva dos trabalhadores, dos autônomos, dos fazendeiros pobres e médios, da juventude e de todo o povo.

Eles querem que nos ajoelhemos, querem nos subjugar para que não ergamos nossas cabeças em resposta. Eles serão surpreendidos por um plano e uma perspectiva para nossa libertação final e radical da propriedade capitalista. Não importa a forma de administração que eles escolham, a barbárie não pode se tornar humana. Com ou sem uma renegociação com uma extensão ou uma maquiagem ou qualquer outra forma que eles escolham para lidar com a dívida, continuaremos a pagar sem fim no horizonte. Eles estão nos levando a uma falência completa no intuito de salvar os lucros do capital.

Nós exigimos que eles paguem pela crise. O déficit e a dívida são de responsabilidade deles. Há lucro massivos nos seus bancos e cofres...”

A promoção de rodadas vazias pelas maiorias da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (GSEE) e da Confederação dos Sindicatos de Funcionários Públicos (ADEDY) não nos ilude. Eles estão completamente alinhados à linha política básica do capital e do governo. Eles defendem, como saída o reforço da competitividade do capital.

Isso faz parte da liderança comprometida dos sindicatos Europeus que virão ao nosso país nos próximos dias para promover seu congresso, os quais, por anos, tem sido ativos e ansiosos na mesma direção - como o capital, em nível Europeu, se tornará mais competitivo que outros centros imperialistas e competidores como a China, a Índia, etc.

Essa casta de burocracias sindicais, esses capachos das transnacionais não são bem vindos em nosso país”.

Depois disso, os manifestantes marcharam ao longo das ruas de Atenas e passaram pelo parlamento do país. O slogan “Sem você nenhuma engrenagem gira. Trabalhador, você pode fazer as coisas sem os patrões”, que agitou os atos da greve, demonstrou que o movimento sindical classista, que é organizado pela PAME, não somente almeja a organização da luta com o intuito de repelir os ataques ant-povo, mas também reforçar o seu conteúdo político-ideológico, enfatizando a possibilidade e a necessidade de outra sociedade, sem a exploração do homem pelo homem.

A PAME, no total, realizou manifestações de greve e marchas em 73 cidades, que foram, claramente, maiores que aquelas organizadas pelos líderes comprometidos com as federações sindicais privadas (GSEE) e públicas (ADEDY). Em Atenas, na marcha da GSEE-ADEDY, depois da conclusão da manifestação de greve da PAME, houve brigas devido à atividade dos mecanismos de provocadores. Seguiu-se um ataque das forças especiais da polícia, que teve, como resultado, um manifestante seriamente machucado. O ataque criminoso da polícia contra os manifestantes foi denunciado na declaração da assessoria de imprensa do CC do KKE, que apontou, além de outras coisas, que: “o KKE denuncia o assalto criminoso da polícia contra manifestantes que resultou no grave ferimento de um manifestante. O ataque policial é parte de, e o resultado, tanto da linha política governamental quanto dos mecanismos burgueses de barrar a fúria e a luta do povo, que foram provocadas pelo furacão anti-povo do governo, da UE e da plutocracia. O povo não deve se submeter a nenhum tipo de chantagem e ataque contra ele; deve organizar uma muralha e contra-atacar”.

12/05/2011

FOnte: KKE

Traduzido por Mariângela de Sousa Marques.





Comite Regional PCB - SP

Tel: (11) 31068461

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Manoel Messias Pereira

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