sábado, 19 de novembro de 2011

A dramaticidade do transporte coletivo

Observo a vida na perspectiva da construção coletiva da felicidade. Embora essa seja uma palavra abstrata, temos a sensação de ter um estado de espírito, capaz de dinamizar as nossas relações humanas, na amizade, no carinho, no amor. Enfim há sempre uma luz positiva, pra alegria, a harmonia. Em outras palavras, cotidianamente plantamos o amor, pra ser feliz.

Ser feliz pra alguns, é ver o nascimento de uma flor, é ser testemunha da ternura do pousar de um pássaro sobre as árvores, do sorriso doce das crianças brincando de rico-trico, de esconde - esconde, ou salva -pega, ou o princípio de um namoro, do primeiro beijo, dos prazeres epicuristas da vida, no contexto dos movimentos ou do prazer em repouso do extase. Estes são só exemplos de bons momentos.

Ás vezes os bons momentos deixam de existir, em razão de uma ou mais empresas, ou de um governo, ou das instituições em geral. Os anarquistas dizem que o "Estado" só serve pra reprimir o povo, ou no cacete, ou na cobrança exorbitante dos impostos, taxas, e obrigações outras. Só que devemos entender que o Estado existe é pra atender aos anseio em relação aos direitos de cada ser vivo, que habita esse espaço geográfico.

Estou lembrando disto porque na audiência pública ocorrida em São José do Rio Preto-SP, que teve como local a Swift, e que teve o excelentíssimo senhor Secretário Municipal de Trânsito, Dr. Aparecido Capelo ex-delegado de polícia, que representou o senhor  prefeito Municipal Dr. Valdomiro Lopes de Souza. Tivemos diversas  sugestões e reivindicações  feitas para os serviços de transportes coletivos na cidade. E entre essas propostas haviam a temeridade de continuar o tráfego dos onibus cruzando a BR-153, um local que popularmente acreditamos ser perigoso ao cruzar a pista.

No entanto essas e outras propostas foram, vistas, analisadas, estudadas, pelos poderes constituídos, penso eu, imaginando na seriedade, de vereadores, promotores, e prefeitura, além das empresas prestadoras de serviços públicos, que devam ter feitos mapas, sinalizações, com técnicos urbanísticos, engenheiros de tráfegos, e civis, cujo o diplomas gostaria muito de saber de onde adquiriram, comprados ou roubados, de verdades ou de mentiras. O que observo é que  os onibus continuaram a cruzar as pistas. Podendo assim concluir a qualquer dia num bom acidente.

O acidente numa pista como a BR-153, pode com certeza causar lesões em alguns , a morte em outros, a comoção em muitos e o desprezo por parte de muitas autoridades. E a alegria, do sorriso em família, a amizade, a ternura de uma folia de reis, de uma festa de Natal, pode deixar de existir.

E isto é exatamente, por que há um executivo que acha que pintar os onibus e colocar o símbolo da Prefeitura Municipal, já resolveria o problema, pouco e muito pouco importando-se para seus munícipeis e suas reivindicações principalmente quando eles tentam falar da temeridade de um acidente de trânsito, do perigo de ficar feridos ou mortos. Ou para um legislativo que brinca de representar o povo exatamente no contexto de dramaticidade em que vivem trabalhadores, nos seu direito de ir e vir, da insegurança do tráfego violento ao cruzar um via onde desfilam caminhões e veiculos auto-motores em alta-velocidades. Ou do poder judiciário pelo silêncio de seu promotores, ou das empresas que não estão  pensando no povo e nos seus funcinários que correm o risco de acidentes.

Enquanto isto ficamos daqui pensando nos engenheiros de tráfegos, e nas falcatruas dos diplomas e dos seus estudos, de Impactos Ambientais, seus relatórios de Impactos sociais, que mantém e possibilitam os veículos cruzarem a pista correndo o risco de acidente. E  não desejando sermos dramaturgos dos teores sinistros, imaginamos que homens públicos e empresas quer mais violência pra que eles apareçam como salvadores públicos e aumentem os suas popularidade pra eleições futuras. 





Manoel Messias Pereira
cronista

São José do Rio Preto-SP


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