domingo, 12 de fevereiro de 2012

Alemanha Oriental do filme "Bárbara", pensada a partir do olhar capitalista



BERLIM, Fev (Reuters) -

 O mundo opressivo da Alemanha Oriental Comunista foi revivido em um novo filme chamado "Barbara" apresentado no Festival de Cinema de Berlim, no sábado, a primeira das três produções alemãs a ser apresentada na competição principal.



Uma história fictícia de uma jovem médica exilada para as províncias da Alemanha Oriental, porque pediu para se mudar para a Alemanha Ocidental, o filme, ambientado em 1980, é um sóbrio retrato do país comunista, nove anos antes dele implodir quando o Muro de Berlim caiu.



O filme do veterano diretor Christian Petzold, que se juntou à atriz Nina Hoss pela quinta vez, depois de ela ganhar o Urso de Prata por "Yella", em 2007, não tem cenas comoventes ou agitadas como em outros filmes sobre a Alemanha Oriental, como por exemplo em "A vida dos outros".



Mesmo assim "Barbara" serviu para mostrar ao público do festival como era a vida, há duas décadas, por trás da Cortina de Ferro e do Muro de Berlim".



"Foi um enorme desafio para mim, tentar recriar a atmosfera da Alemanha Oriental de 1980", disse Hoss, de 36 anos. "Eu não cresci na Alemanha Oriental e não sabia como era se sentir assim, constantemente em guarda, desconfiando sempre das pessoas".



A opressiva Stasi, polícia de segurança da Alemanha Oriental, com um sem-número de informantes, vigiava cuidadosamente os 17 milhões de habitantes do país, especialmente os muitos milhares que se candidatavam a ir para o ocidente ou eram considerados inimigos do país.



O filme de Petzold, cujos pais fugiram da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental, mostra como era sufocante aquele mundo onde as pessoas tinham que lidar com o medo onipresente de que seus vizinhos, colegas de trabalho, amigos e até mesmo seus cônjuges os traíssem e entregassem à Stasi.



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Manoel Messias Pereira

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