quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Poesia - Maria José Giglio e Manoel Messias Pereira

Poesia de Maria José Giglio

Lua

Para alcançar a lua
dizem que Ho Po navega
há vinte mil anos
vinte mil léguas
para alcançá-la

Desliza transborda
e à lua não importa
os delírios da água.

Quem inventa
outra lenda
entre a estrela o rio?

O astronauta constata
no espaço vazio
a lua está morta.

Não exorcizo meu desgosto.
Dublar o tempo não afasta
o amanhã que não vivi.

Ante a queda certa no desgaste
o que resiste ?

Dei-me a tudo, velhice
talvez me negue a ti.


Maria Jose Giglio

poetisa

São Roque -SP - Brasil


sANDY E jUNOR



Poesia de Manoel Messias Pereira
Dívida da vida

a nossa maldição
reside no peso
de nossas palavras
como patrimônio
de nossa crítica
e nosso morticínio
diário
reside na arte
de negar arrepiantemente
que instalamos
conceitos
só pra acertar,
mas erramos, . . .
todos os dias
erramos,
e não invalidamos
os nosso erros
não elaboramos correções
pra chegar a ser,
o SER semelhança
ao ABSOLUTO,
como o SOL,
e ficamos
fora do debate
íntimo, conosco
e o que acontece
é que essa dívida
levamos em nossa morte
em nossa santa MORTE,
Amém.


Manoel Messias Pereira

poeta
São José do Rio Preto-SP- Brasil
anseio - MADREDEUS E TERESA SALGUEIRO.

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