quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Projeto Caminho de Volta


Grande parte dos jovens, crianças e adolescentes que saem de casa, ou desaparecem são retratados por seus familiares como "filhos problemas ou incômodos, foi isto o que constatou a Dra. Claudia Fígaro Garcia em sua tese de doutorado pelo Instituto de Psicologia (IP) da USP. A partir da criação de atendimento clínico voltado às fam´´ilias de crianças e adolescentes desaparecidos da cidade de São Paulo.

As possíveis causas destes desaparecimentos levantados pela doutora Claudia estão: A idéia do filho problema ou incômodo, que mentem e não obedecem as regras familiares, apresentam problemas escolares, querem ser menos controlados e ter mais liberdade. E essa criança pra fugir dos pais problemas elas fogem.

Outras vezes na fuga há falta de diálogos mas também algo corporal que não se expressa em palavras por exemplo a sexualidade.

Todos os jovens pesquisados, já fugiram de casa mais de uma vez,e esa é a grande maioria dos desaparecidos adolescentes, que além dos conflitos familiares, temos ainda a violência como mais frequência nestes históricos familiares.

Há casos que o desaparecido fica ausente no discurso familiar.Os pais falam de outros filhos outros assuntos mas não toca no desaparecido.

Esta tese de doutorado da professora foi defendido em julho de 2010 e está integrado ao Projeto Caminho de Volta, iniciativa do Departamento de Medicina Legal da FMUSP, que dá suporte aos familiares de crianças e adolescentes desaparecidos.

O Projeto que surgiu em 2004, tem a professora Dra. Claudia responsáveis pelo grupo de psicólogos que atendem as famílias das crianças e adolescentes desaparecidos. Essa tese também retratou a construção multidiciplinar com a inserção da psicanálise por meio de uma metodologia cínica para as famílias dentro da 2a.Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa(DHPP) da cidade de São Paulo.

Envolve ainda outros procedimentos científicos como a biologia molecular, Genética e Informática Médica, possui bancos de dados de DNA e dados auxiliares de desaparecidos.

O serviço já atende 750 famílias e todo o trabalho é gratuito. essas informções só foi possível depois que li a matéria de Felipe Maeda Camargo, no Boletim da USP

Maiores informações -figarcia@usp.br




Manoel Messias Pereira
professor de história

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