quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sudão e o plesbicito, já houve enfrentamentos



Policial se registra antes de votar em uma seção eleitoral em Juba, no segundo dia do referendo sobre a independência do Sul

Foto: AFP

ReduzirNormalAumentarImprimirA missão de paz da ONU no Sudão (UNMIS) aumentou suas patrulhas na cidade de Abyei após os enfrentamentos do fim de semana, que mancharam a relativa calma com a qual o referendo de autodeterminação do sul do país está sendo realizado, informou nesta terça-feira o organismo mundial.

O porta-voz da ONU, Martin Nesirky, expressou a preocupação do secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, pelos choques de sábado e domingo entre uma tribo árabe e outra africana, que deixaram, pelo menos, 10 pessoas mortas. Além disso, dois sudaneses do sul, que estavam em áreas do norte do país, morreram nesta terça-feira em uma emboscada da tribo árabe quando tentavam retornar aos seus locais de origem.

Em resposta a este aumento da violência, Nesirky explicou que os responsáveis da UNMIS intensificaram suas patrulhas na região de Abyei e estão preparados para reforçar seus membros, "se for necessário".

O porta-voz também disse que Ban condena a perda de vidas humanas, ao mesmo tempo que pede aos líderes do Partido do Congresso Nacional (PCN), ao grupo político do Governo de Cartum, e ao Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM, na sigla em inglês), que governa o sul, que mantenham a calma e garantam que todas as diferenças sejam resolvidas mediante diálogo.

Ban incentiva os dois bandos a retomarem e concluírem com rapidez as negociações para finalizar os preparativos de um plebiscito em Abyei. O plebiscito na disputada cidade petrolífera deveria ter sido realizado junto ao referendo do sul do país, que começou no domingo e terminará no dia 15 de janeiro. No entanto, as divergências sobre o censo eleitoral e outros assuntos relativos ao status da área forçaram seu adiamento indefinido.

Abyei está situada no limite entre o norte e o sul do país, que se enfrentaram em um conflito armado durante 21 anos, depois que o Executivo central impôs a "sharia", ou lei islâmica, em todo o Sudão e o sul, de maioria cristã e animista, se rebelou. A guerra terminou com a assinatura do acordo de paz que estipulava a realização de um referendo entre os habitantes do sul para que decidissem se queriam a independência ou permanecer unidos ao restante do país.

Sobre Abyei, o pacto estabelecia a realização de um plebiscito em 2011 entre sua população para decidir se quer se integrar ao sul ou ao norte.


EFE - Agência EFE -

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Manoel Messias Pereira

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