domingo, 10 de abril de 2011

Da felicidade

Não escrevo de há muito
A palavra felicidade

Que agora me parece tão irreal
Como adivinhar entraduras
No silêncio das pedras

Não tem salvação para mim
A palavra felicidade
Escrita em desespero
Como um peixe
Que tentasse largos vôos interjeitivos
Na solidão das águas

A palavra felicidade precisaria primeiro
Das velhas flores aclaradas
pela saudade mais cotidiana,
para sobejar
o gestual assanhado
das borboletas
que se guardam
emotivas
nas feições inseguras
da linguagem.

Com um sol
Desenhado de menino,
só é mais possível
Quando inventado para iluminar
O coração dos homens....



Cleison Pereira Ribeiro
poeta
Barro-CE

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Manoel Messias Pereira

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