domingo, 8 de maio de 2011

Um Toque de Teia no Escuro

Tocando
Com olhos de traça nos dedos, rastreando
A névoa escura quea terra exala

Ouvindo
Nas folhas vozes dos nossos mortos suas presenças
Nutrindo, com mais do que essências de folhagem

Uma pele
Cujos cabelos são escovados por ventos que escurecem
Espaços onde memórias mortas repousam

Uma linha
Assenta seu momento na carne, uma agenda
De coisas passadas, uma pincelada de tempo

Desliza
No escuro, radial e mar-
cante rumo ao âmago da teia ancestral.




Wole Soyinka
poeta nigeriano

Fundador da União Africana de Escritores.

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Manoel Messias Pereira

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