quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Biblioteca Nacional homenageia Cristiane Sobral

Cristiane Sobra
professora, atriz e poetisa


Sarau na Biblioteca Nacional homenageia a poeta e atriz Cristiane Sobral



Gabriela de Almeida









Cristiane Sobral é professora das faculdades Dulcina de Moraes e Anhanguera





Para abrir as comemorações do Dia da Consciência Negra (comemorada em 20 de novembro), a Biblioteca Nacional abriga nesta terça-feira (1/11), às 19h, o 23º Sarau Videoliteromusical Poemação. A edição especial homenageia a poeta e atriz Cristiane Sobral. “Ela foi escolhida pelas portas que abrem por meio de sua linguagem coloquial. Há uma identificação da comunidade negra com ela”, conta o organizador Jorge Amâncio. Durante o mês de novembro, o Correio publicará série de matérias sobre questões referentes à negritude.



A história de Cristiane Sobral é de luta e de vitórias. Ela saiu do Rio de Janeiro em 1990 após dificuldades familiares. Em Brasília, entrou para a Universidade de Brasília (UnB) aos 16 anos e tornou-se a primeira a negra a se formar no curso de artes cênicas. Trabalhou na Embaixada da Angola e hoje, aos 36 anos, é professora das faculdades Dulcina de Moraes e Anhanguera, além de ser tutora de teatro na UnB. Entre os convidados do sarau, estão o poeta Rego Junior e as atrizes Isis Albuquerque e Lucia Viana, que encenará o espetáculo Quilombagem. Haverá ainda show com os músicos Máximo Mansur, Jair Augusto, Hugo Souza, Diogo Hamlet e André Albuquerque.



Cristiane Sobral conta que a atuação em defesa da questão racial é trabalhada a fim de dar visibilidade ao assunto e discutir a inclusão da população negra na sociedade. “Luto pela inclusão, para que cada um possa ter o seu lugar, para que os jovens possam ter um pensamento crítico. Na verdade, discuto para a construção de um mundo que vá além das diferenças. Um país tão grande como o nosso não vai evoluir se a gente não conseguir caminhar na coletividade”, argumenta.



No discurso, Cristiane Sobral assume o tom positivo. “Não quero falar da discriminação, que somos vítimas da sociedade. Espero mostrar que os negros estão vencendo, descobrindo saídas. Meu discurso é de vitória.” Hoje, no Poemação, ela apresentará o livro Não vou mais lavar os pratos, obra que entra na sua segunda edição, após ter vendido mil exemplares em seis meses. O título foi adaptado para o teatro e será apresentado no próximo dia 11, às 19h, no Teatro Mapati (707 Norte). Na próxima semana, ela lançará o livro Espelhos, viradouros, dialéticas da percepção (Editora Dulcina). Daqui, Cristiane Sobral segue para o Equador, onde receberá uma condecoração pela sua obra.
























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Manoel Messias Pereira

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