Sentidos

Aqui no meio fio,

quero driblar as cadeiras

correr pelas estradas

mas estou com frio.

É um frio de solidão e mais nada

o curioso é que sem você

parece que só é madrugada

o dia não vêm.  E nem

minha versificação intermediária

e a ideia folcórica

de que o homem não chora

bobagem pura.

Sem você

entendi o que é o impasse,

quero driblar todas as cadeiras

correr por todas as estradas

Mas estou sendo advertido

por um sexto sentido

em que preciso

arrumar um jeito de esquecer

que um dia conhecemo-nos

tivemos olhares

e abraços marcantes,

mas, . . .

preciso te esquecer.

Penso que estou mesmo advertido

pelo quarto, quinto, sexto sentido,

penso que é melhor fazer um tipo

Usar de um acessório a persona pública

negar a palavra absoluta

de que para o outro existimo-nos,

melhor assim seguir em frente,

estou mesmo advertidos

por todos os sacos sentidos

mas, tudo bém,

Manoel Messias Pereira

cronista-poeta

São José do Rio Preto-SP