terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Justiça vidente

As minhas palavras de pedra
Hoje quero rolando pelas ladeiras
Nas mãos dos moleques de rua,
rompendo telhados de vidro
dos antigos maus vizinhos, das caras da cor de lua
Quero as palavras de pedra, pelas ruas da cidade
Rumo às perimetrais, bêerres e outras vias
Dando tropeços nos "reis", furando caros pneus
Do que angustiam velhos e envelhecem crianças
Que minhas palavras de pedras não se privem
Das marretas dos calceteiros
E suas lascas, assim sejam, velhas "pedras no sapatos"
E como tenho braços curtos
E os conspiradores são poucos
Que o comando seja assumido, por quem de direito cabe
E quem de fato manuseia
Pelas palavras e pedras, seja bem vindo, Senhor
A du pé Oni Obá
Obá Jakutá, Kawo!


Lepe Correia
poeta negro
professor Universitário

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Manoel Messias Pereira

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