domingo, 17 de janeiro de 2010

O Deus da Resistência Negra

Este é o autor do Livro Abaixo Sr.Laennec Hurbon
A obra que respeitavelmente peço pra que leia e entenda , quando desclassifico alguns pseudos intelectuais ou autoridade que pintam saberes que desconhecem.
Este livro com todo o aparato científico também é um canto de revolta e de esperança no melhor estilo dos profestas. É corajoso, instigante e polêmico. E essas palavras não são minhas mas estão na contracapa deste livro.
Vou usando as palavras da contracapa, para que os senhores tenham a idéia, do que há no seu conteudo e concluiremos com um pequeno e simples comentário. "Percebendo o conteúdo revolucionário da religião popular, o autor negro, interessa-se pelo Vodu, dedica-se ao seu estudo e concentra aí uma das mais tristes páginas do cristianismo na América Latina: a violência contra a cultura negra, ao tentar extirpar-lhe as crenças e impor aos dominados a religião dos dominantes. Com isso desintegrou a coesão do povo, destruiu seus valores, desprezou sua cultura a tal ponto que, num determinado momento da história, os negros não eram mais negros, mas também não eram mais brancos.
A Igreja confundiu sua particularidade com universalidade; fez-se porta-voz de determinada cultura, no caso, a cultura ocidental; tentou impor ao negro o Deus dos brancos e até uma "alma" branca. Em vez de libertar alienou.
Felizmente, há sempre alternativa para a fé que perdemos. Se não mais se acredita num Deus particular imposto pela cultura dominante - aí se insere a teologia da morte de Deus - é porque se prefere acreditar num Deus que, afinal, se revelará a todos os homens no encontro e no diálogo entre todas as culturas.
A publicação deste livro no Brasil, em 1988, ano dedicado aos negros pela CNBB é significativa por ser, afinal, o reconhecimento de que a fé supõe contestação e compromisso com a verdade. E é graça a esse reconhecimento que todo pessimismo dialéticamente se faz esperança.
Como se vê, não é através da teologia, que você pode, tratar do conflito espiritual entre os povos e sim da sociologia. Em que o domínio imperialista se dá de diversas formas, tanto científicamente, culturalmente, e também religiosamente. A religião é algo que está cristalizado no mundo a milhares de anos, até porque o desconhecimento do que não se considera natural trazia o medo, do medo surgia a idéia da explicação por uma tentativa de religar o ser criatura a um ser criador. E essa fórmula ainda está em vigor nas mais diferentes correntes do pensamento religioso do mundo. E os dominadores sobrepõem, cultuam a violência como algo natural e procuram as vêzes criticar ou dar um tratamento degradante, cruel, para o ser dominado. E se olharmos para o Haiti, veremos que lá diversas nações estrangeira tem o domínio sobre os povos semi escravos.
A França tem a sua parcela de responsabilidade, na desgraça daquela população, assim como os Estados Unidos, não houve a determinação dos povos e a liberdade para que aquela população escolhesse conviver com todas males do mundo, como fome e dominação. E não pense que as Forças Militares estrangeira inclusive a brasileira está lá só para o Brasil tem um assento na Segurança da ONU. Mas sim estão lá mas nas imagens observadas pela televisão não vi, nenhuma ação de coordenação, de salvamento, dos nossos soldados. Vi mesmo um povo negro sem fardas, trabalhando em desespero e a televisão ao vivo explorando os bons sentimentos de cada um de nós inclusive, deixando-nos com fraturas até na alma.E o Ministro Jobim que me perdoe, mas ficar mais cinco anos pra que? Com licença, não dá pra comentar.
Sabemos que o terremoto só complicou mais as coisas que já não estava indo bem.
Manoel Messias Pereira
professor de História


Nenhum comentário:

Postar um comentário

opinião e a liberdade de expressão

Manoel Messias Pereira

Manoel Messias Pereira
perfil

Pesquisar este blog

Seguidores

Arquivo do blog