Ah! toda a alma no cárcere anda presa
soluçando nas trevas, entre as grades
do calabouço olhando a imensidades,
Mares, estrelas, tardes natureza.
Tudo se veste de uma igualgrandeza
quando a alma entre grilhões e liberdades
rasga no étero o espaço de pureza.
ò alma presas, mudas e fechadas
nas prisões colossais e abandonadas
da dor do calabouço, atroz funereo!
nesses silêncios solitários, graves
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério.
Cruz e Souza
poeta brasileiro
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