quinta-feira, 25 de março de 2010

Todo apoio à greve dos Professores


A Unidade Classista é uma corrente sindical composta por militantes do PCB e pro trabalhadores e sindicalistas que querem reesgatar um sindicalismo de luta, de defesa dos interesses dos trabalhadores, unitários e classistas. A Unidade Classista participa da cosntrução da Intersisndical, instrumentos de organização e luta dos trabalhadores.
Nós professores da rede estuadual de São Paulo, estamos em greve desde o dia 5 de março. A situação dos profissionais da educação em São Paulo se tornou insuportável. Os sálarios, congelados há mais de dez anos, não permitem uma vida digna, muito menos possibilitam aos professores investirem na sua formação. O governo Serra procura culpar os professores por todos os males da educação, isentando os sucessivos governos pelo abandono das escolas e dos alunos. O governo destrói os planos de carreira, dividindo a categoria em regimes de trabalho diferenciados e cada vez mais precários, numa insuportável sopa de letrinhas.
A greve dos professores é necessária e todos os trabalhadores devem manifestar ativamente sua solidariedade com os profissionais da educação em luta. A luta dos professores é a luta de todos os trabalhadores, dos pais e dos estudantes.
Os governos não cumprem com as suas obrigações constitucionais de garantir uma educação pública e de qualidade. Terceriza a elaboração e a aplicação das políticas públicas para organizações não governamentais, tipo Todos pela educação ligada ao empresariado de São Paulo. A política do "mérito" e a submissão da educação aos interesses empresariais é uma política tanto do governo Serra quanto do governo Lula. A remuneração por mérito é originada em um Decreto do Ministério da Educação. Essa mesma política é reproduzida na rede municipal pelo prefeito Kassab.
A luta dos professores, nos últimos anos tem impedido vários ataques dos governos contra a educação. Em 2007, 60000 trabalkhadores da educação sairam às ruas e barraram o PLC26, que tratava da contratação dos OFA's. Em 2009, com uma mobilização bem menos significativa, os professores lutaram contra esse mesmo PLC, que se tornou a Lei 1093, de contratação de temporários, e 1097, a Lei da política meritócrática. Neste anos, o governo do Estado, em função da mobilização em plenas férias, não aplicou o carater eliminatório da provinha do OFA. Há estudos de Institutos ligados ao governo e ao empresariado acerca do modelo de Nova York, onde as empresas assume as gestãos das escolas, aumentando a tercerização e a precarização e estimuçlando a competição entre as escolas e professores. Em Nova York os professores que não atingiram a pontuação exigida perde o acesso às salas de aula, ficam em salas vigiadas por câmeras estudando conteúdos exigidos pelo governo local.
Esta greve deve ir além das questões econômicas, lutando para impedir os ataques contra os professores e a educação. As nossas lutas servem de acúmulo para conquistas futuras e para dificultar a implantação de um projeto que põe a escola a serviço dos interesses do capital e da burguesia. Por isso é contrario insistir na luta, fazendo a greve e discutindo com a comunidade escolar sua importância, independente dos resultados imediatos.
A mobilização dos professores é exemplo para outras categorias em luta. A mobilização não pode cair nas armadilhas do oportunismo eleitoral e do aparelhamento partidário. Deve ser construída nas escolas, no cotidiano dos professores, em conjunto com os professores das demais redes, com os trabalhadores de apoio, com os alunos e pais de alunos. A unidade e a disposição de luta são a chave da vitória e da conquista das reivindicações. Cada professor é um ativista na luta pelos direitos da categoria e por uma educação digna.
Unidade Classista
Professor Manoel Messias Pereira

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