Com a morte de Edson Luis de Lima Souto houvem uma manifestação geral em todas as universidades do País. E para comentar esse assunto vemos que hoje o PSB -Partido Socialista Brasileira, vai realizar uma missa lembrando este jovem, creio que outras agremiações também vão fazer este tipo de manifestação, mas faço as minhas ressalvas vanguardistas. Por que? Qual foi o segredo ou a magia do movimento?
A resposta é a seguinte, a polícia naquela oportunidade matou um cidadão jovem da classe média alta e isto chama a atenção da opinião pública.
A manifestação em pro dos jovens carentes, mas quem morre é alguém que nem precisava do almoço com aquele preço. E todas as vezes que a violência que é consequência do sistema atinge a classe média, alta ou ricos existe o teatro da comoção social do contrário não.
Numa palestra promovida no Congresso da CNTE, há alguns anos, na cidade de Goiania, em que fiz presente. Inclusive colaborando para o texto sobre a questão racial, sou uns dos sete professores que fez aquela redação, e apresentei a moção na época de pezar que foi encaminhada a família do professor Nelson Werneck Sodré e, inclusive com um minuto de silêncio. Mas o que quero destacar é a palestra do professor Pablo Gentili, que poucas pessoas puderam acompanhar pois iniciou pontualmente a 1:00 hora da madrugada, e ele falava de uma criança sem calçado, mas que todo mundo notou, e a história dele começava num mercado, no caixa do mercado no estacionamento do mercado, no condomínio em que o consumidor morava. E por fim ele dizia, todos repararam que a criança estava sem um pé do calçado, pois estava caindo e o pai havia guardado no carro. E por fim perguntou, quantas crianças estava descalça pelo país e ninguem notava, pelo mundo e ninguem notava. Ou seja a tragédia da desgraça está cristalizada e a gente acha comum. Portanto a relação entre a palestra de Pablo Gentili e a morte de Edson tem esta duas configuração, trata-se de pessoas da classe média, que geralmete todos tem os olhos voltados para elas. Quando qualquer fato ocorre com um ser outro que não está nesta classificação ou seja filho de trabalhador ou desempregado, filho dos lupens, quem se importa?
Penso que pra melhorar o Brasil e consequentemente o mundo essa resposta deve ser respondida por todos, que a responsabilidade de todas as mazelas são de todos, basta socializar a vida e cada um ter uma parcela de culpa e de compromisso social.
Manoel Messias Pereira
professor
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