A Batalha da Comuna o Quando as tropas governamentais marcharam sobre Montmartre
Jornalista Raul Rigault (Procurador da Comuna
Em 26 de março de 1871, tiveram lugar as eleições para o Conselho da Comuna. Dos 85 candidatos eleitos, 21 deles, que tinham sido pelas barricadas burguesas, mostraram-se inimigos da Comuna, e bem depressa abandonaram. Dos restantes, 30 eram operários, os demais representantes da intelectualidade democrática: empregados, médicos, professores, jornalistas, etc. O Conselho da Comuna representava assim o conjunto dos setores de trabalho de Paris. Os operários desempenhavam nele o papel dirigente.
Os parágrafos seguintes, extraídos da novela "O Insurreto" escrita por um membro do Conselho da Comuna, Jules Vallés, nos dão ao estado de espírito que animava os partidários da comuna, no dia das eleições:
"Que jornada esplendorosa!
Um sol resplandecente e acariciador doura as bocas dos canhões; o perfume das flores, o sussurro dos estandartes, a torrnte da revolução que flui serena e majestosamente como um rio azul. Esse adejar, essa luz, o som das trombetas, o fulgor dos bronzes, a eclosão de tantas esperanças, a embriaguez da glória, tudo é motivo de orgulho e regozijo para o vitorioso exercito republicano......
"Clarins, tocai rebate! Tambores, rompei a marcha!
Abraça-me camarada; tua cabeça está encanecida, como a minha! E tu, pequeno, brincas à sombra das barricadas aproxima-te, quero dar-te um beijo!
"O 18 de março abriu para ti um futuro esplendoroso, meu pequeno. Sem ele, seria outra tua sina. Crescerias como crescemos nós, engtre trevas, mergulhado na lama, revolvendo-te em sangue, sufocando-te na humilhação e sofrendo o indivizível tormento do opróbio.
"Mas, já acabamos com tudo issso"
No dia 28 de março foi proclamada a Comuna. Em atos solene e grandioso, o povo de Paris consagrou a conquista do Poder pela classe operária.
A praça da Municipalidade e as ruas adjacentes estavam cheias de povo e de tropas da Guarda Nacional. No estrado levantado para a solenidade, instalaram-se o Comitê Central da Guarda Nacional e os Membros do Conselho da Comuna.
Um membro deste Conselho assim descreve, em suas memórias, o ato de proclamação:
"O Comitê Central anuncia a expiração do prazo de sues plenos poderes e entrega os mesmos poderes a Comuna. Os nomes dos membros eleitos são cobertos pelo grito insurdecedor de:
"Viva a Comuna!"Ressoam os tambores; o troar dos canhões faz estremecer a terra.
"Em nome do povo, fica proclamada a Comuna! - anuncia o operário Ranvier, membro do Comitê Central da Guarda Nacional.....
"Não se pronunciam discursos, somente exclamações:
Viva a Comuna!
"As orquestras atacam os acordes de Marselha e do Canto da Partida. Milhares de vozes fazem Coro".
Em 26 de março de 1871, tiveram lugar as eleições para o Conselho da Comuna. Dos 85 candidatos eleitos, 21 deles, que tinham sido pelas barricadas burguesas, mostraram-se inimigos da Comuna, e bem depressa abandonaram. Dos restantes, 30 eram operários, os demais representantes da intelectualidade democrática: empregados, médicos, professores, jornalistas, etc. O Conselho da Comuna representava assim o conjunto dos setores de trabalho de Paris. Os operários desempenhavam nele o papel dirigente.
Os parágrafos seguintes, extraídos da novela "O Insurreto" escrita por um membro do Conselho da Comuna, Jules Vallés, nos dão ao estado de espírito que animava os partidários da comuna, no dia das eleições:
"Que jornada esplendorosa!
Um sol resplandecente e acariciador doura as bocas dos canhões; o perfume das flores, o sussurro dos estandartes, a torrnte da revolução que flui serena e majestosamente como um rio azul. Esse adejar, essa luz, o som das trombetas, o fulgor dos bronzes, a eclosão de tantas esperanças, a embriaguez da glória, tudo é motivo de orgulho e regozijo para o vitorioso exercito republicano......
"Clarins, tocai rebate! Tambores, rompei a marcha!
Abraça-me camarada; tua cabeça está encanecida, como a minha! E tu, pequeno, brincas à sombra das barricadas aproxima-te, quero dar-te um beijo!
"O 18 de março abriu para ti um futuro esplendoroso, meu pequeno. Sem ele, seria outra tua sina. Crescerias como crescemos nós, engtre trevas, mergulhado na lama, revolvendo-te em sangue, sufocando-te na humilhação e sofrendo o indivizível tormento do opróbio.
"Mas, já acabamos com tudo issso"
No dia 28 de março foi proclamada a Comuna. Em atos solene e grandioso, o povo de Paris consagrou a conquista do Poder pela classe operária.
A praça da Municipalidade e as ruas adjacentes estavam cheias de povo e de tropas da Guarda Nacional. No estrado levantado para a solenidade, instalaram-se o Comitê Central da Guarda Nacional e os Membros do Conselho da Comuna.
Um membro deste Conselho assim descreve, em suas memórias, o ato de proclamação:
"O Comitê Central anuncia a expiração do prazo de sues plenos poderes e entrega os mesmos poderes a Comuna. Os nomes dos membros eleitos são cobertos pelo grito insurdecedor de:
"Viva a Comuna!"Ressoam os tambores; o troar dos canhões faz estremecer a terra.
"Em nome do povo, fica proclamada a Comuna! - anuncia o operário Ranvier, membro do Comitê Central da Guarda Nacional.....
"Não se pronunciam discursos, somente exclamações:
Viva a Comuna!
"As orquestras atacam os acordes de Marselha e do Canto da Partida. Milhares de vozes fazem Coro".
Os Partidos na Comuna
O Conselho da Comuna não estava integrado por um único partido. Em sua composição entravam blanquistas, proudhonistas e "neojaconinos". Esses últimos eram democratas pequenos burgueses, se b em que, em geral, agissem em comum acordo com a blanquistas, constituindo os dois grupos a maioria do conselho da Comuna. A "minoria" correspondia aos prodhonistas. A luta de grupos debilitava, desde logo, o organismo.
O papel dirigente no seio da "maioria" era assumido pelos blanquistas. Estes tinham em suas mãos a direção da defesa de Paris e a luta contra-revolução. Do mesmo modo que os jacobinos, os blanquistas eram partidários de uma vigorosa ditadura revolucionária. Entretanto, sua vinculação com os operários eram muito débil e predominava neles a tendência de instaurar a ditadura de um punhado de revolucionários e não a ditadura da classe operária. Entre os blanquistas desempenhava um papel destacado o jovem jornalista Raul Rigault, que havia assumido o cargo de procurador da Comuna. Ainda que com muito atraso, Rarul Rigault tomou o caminho da luta implacável contra os inimigos da Revolução. respondendo às atrocidades dos versalheses, tomou a decisão de aplicar o terror de classe.
A minoria do Conselho da Comuna, isto é, os prodhounistas, manifestava-se contrária à aplicação do terror contra os inimigos da Revolução e negava a necessidade da ditadura revolucionária.
V. Jvostov e I.i.Zubok
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