sábado, 20 de março de 2010

Professores em pé de greve

No Estado de São Paulo, os professores estão em greve e pelos seguintes motivos: Reajuste de 34,3%, Incorporação de todas as gratificações ao piso salarial, extensiva aos aposentados, garantia de emprego, concurso público de cárater classificatório, Fim do limite dos 20 % dos professores que podem receber o reajuste de 25% dos aprovados em avaliação, e fim da prova para professores temporários.
O que diz o governo, que a greve é politica, que a Apeoesp contesta todos os programas de evolução educacional instituidos pelo governo extrapolando as reivindicações sindicais, e que a Adesão é de apenas 1%.

A Apeoesp promete fazer novas manifestações na próxima sexta-feira, em frente ao palácio dos Bandeirantes, para pressionar o governo José Serra (PSDB) a atender as reivindicações dos professores.
Enquanto isto o Palácio não se manifestou sobre o protesto. De acordo com a resolução da secretaria da segurança pública. O governo deve pedir reforço policial para evitar que a multidão chegue perto da sede do executivo paulista.
Reflexão
O governador José Serra, sairá em breve do governo procurando estabelecer a sua candidatura para o cargo de Presidente e dificilmente vai atender aos professores. Que tem nas suas reivindicações todo o direito, de lutar já que a Escola está abandonada em relação ao atendimento ao servidor público, que trabalha necessáriamente pra que o Estado possa cumprir os direitos dos munícipeis, mas pra isto até o momento o PSDB, paulista tem sido um partido de irresponsáveis, pois a defasagem salarial do professor é de violência social. E o governador sai para o principal cargo executivo do país, e o para o partido o conflito, entre os trabalhadores e o patrão que é o governo não existe.
O Sindicato ao longo do tempo, tem demosntrado que convoca o professor a greve, mas na hora de fazer o trabalho responsável de limpar a ficha de cada profissional após cada movimento, não faz, deixa a desejar. Por outro lado os profissionais da educação estão pendurados em bancos no Estado, e se descontar os salarios seja num mês, o problema complica, entram em relação ao alimento, ao transporte, já que os salários são estabelecidos como miséria social. Outro problema apontado é que há professores pelo Artigo 22 que serão automáticamente removidos para a sede de origem sem que o sindicato, assuma a defesa destes profissionais, além do mais a uma série de precariedades legislativas que inclusive, faz ofas perder aulas, estando em greve.
O que necessita é a exigência, do olhar sindical com responsábilidade, se há uma Lei que fala da paridáde pra discutir salário, é preciso que os senhores advogados sindicais comecem a interpelar o Estado na Justiça pra que se cumpra a Lei, mas isto não está sendo feito. Se é preciso combinar solidariedade, com seriedade, todos os professores e funcionários deveriam parar mas ser assistidos juridicamente pra que a sua carreira não tivessem os problemas, como faltas, perdas de cargos ou funções, e para tanto todos confirar no Sindicato. Mas em nenhuma das entidades do magistério é possivel confiar. Em relação aos problemas particulares acabam sendo particular. Na hora de lutar é pelo coletivo, na hora de chorar, danar-se o problema é particular. E essa discussão tem de ser feita, pois sindicato é pra representar a categoria na hora da tristeza e na alegria, e professor não pode ser apenas massa de manobra ou vaca de presépio tem de ter princípios éticos até pra contestar governo e entidade sindical.
Quando observamos, algumas das reivindicações há uma conformação com o status quos, que não dá pra permitir temos sim é que romper com a lógica do Estado, mostrando politicamente os equívocos, de um Estado que pensa que cumpre o direito dos paulistas mas que mascara o seu dever o seu compromisso. Pra isto é necessário uma política de rompimento do modelo ideológico claramente, como dizem os brancos cristalizadamente na sua ternura racista. E romper é dizer que o salario que todos acreditam receber pela prova não existirá. Em 2011 o PSDB, poderá não estar no governo e ninguém vai fazer conta pra outro governo e outra ideologia pagar a não ser que há uma combinação que eu também não sei. E mesmo que estejas no orçamento há uma forma de burlar o mesmo ou desvio para atendimentos a deputados e coisa assim. É preciso lembrar que os 60 % do Fundeb é salário e não gratificação ou bonus. Daí é preciso interpelar o Estado. E esse é o papel do Sindicato.
Manoel Messias Pereira
professor


Um comentário:

  1. Firmeza! Unidade! Administrar a greve! Fortalecê-la! Não voltar sem nada! O Serra odeia professor! Odeia educação!
    REPASSES DO FUNDEB PARA SÃO PAULO NOS ÚLTIMOS 03 ANOS:

    R$ 7.104.411.605,53 NO ANO DE 2007
    R$ 9.487.591.472,87 NO ANO DE 2008
    R$ 10.633.817.685,71 NO ANO DE 2009
    R$ 2.149.529.623,51 JANEIRO E FEVEREIRO DE 2010

    Leia matéria sobre os 10 municípios que pagam os 10 piores pisos aos professores no Estado do Ceará: www.valdecyalves.blogspot.com

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