Nesta oportunidade comento o trabalho do Professor Julio Cesar Rosa, estudante do mestrado da Universidade de Santa catarina relativo ao seu artigo publicado Historia & História, publicação com apoio do grupo de pesquisa arqueológica da histórica da Unicamp. Cujo o tema foi "Dito e o Vivido relatos de experiencias das Mulheres afro-descendentes na Sociedade Recreativas em Laguna entre 1900 a 1950".
Neste relato Julio vai beber na fonte de uma série imensa de bons autores como Gilberto Freire, Oliveira Viana, Oracy Nogueira, Emilia viotti, Jacob Gorneder, Roge Bastites e Florestan fernandes. E este é o roteiro recomendado para todo e qualquer profissional da história, da sociologia ou da antropologia que aventure por esse tema. E o que ele relata é que nestes autores há uma negação relacionada com a visão que eles tinham no princípio daquilo que entendiam como instituição familiar, do pai, da mãe e do filho sancionado pela igreja católica.
As condições da escravidão sobretudo e nos empenhos dos senhores não permitia essa conjuminação, e tolhido de uma familia nestes moldes, ele vai ver uma relação de união ou solidariedade de escravos e isto vai marcar o comportamento social e sexual do negro. No que ele chama de anomia ou patologia social, sem os recursos psicológicos e os laços de solidariedade entre parentes tão necessária para enfrentar a mobilidade social e a concorrência do imigrante.
E vê nisto o racismo aliado ao fardo sociologico de patologia social entre essas populações o que impossibilitou esses intelectuais de perceberem os arranjos e as associações familiares entre os/as cativos/as, forros /as livres /e que havia existência da família nuclear entre estes.
Para mim longe dos estudos mas acreditando estar certo, os intelectuais chamados, todos eles tinham a visão o olhar do colonizador. e o que não perceberam é que haviam tradições muito diferente em termos familiares se compararmos uma familia de cultura européia, com uma de cultura tradicionais africanas, no passado e que estes traços do passado não se apaga facilmente. e muitas famílias ao longo do processo de aculturação mantiveram valores tradicionais, como formação familiar, culinárias, ritmos, danças, religiões, e que está presente até hoje no nosso cotidiano. Quanto as ações de tolhiento cultural foi lógico existiu, mas ão suficiente pra apagar a herança.
O trabalho de Julio José da Rosa, é de fundamental importância para todos que estão trabalhando o contexto antropológico e fazendo análise destes autores até porque nenhum deles, tinham o pé e a alma nos terreiros antropológicamente e sim eram de cultura provindas do continentes europeus, e naquilo que deu pra extrair do trabalho intelectual foi bem vindo. Parabéns ao Julio Cesar da Rosa. E tomara que ele possa em breve estar discutindo e abstraindo o seu trabalho intelectual na realidade existencial, brasileira.
Manoel Messias Pereira
professor
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