sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mãos esculturais


Além deste olhar vencido
Cheio dos mares negreiros
Fatigado
E das cadeias aterradoras que envolvem lares
além da silhuetar mágico das figuras
nocturnas
apó cansaços em outros continentes dentro da África

Além desta África
De mosquitos
E feitiços sentinelas
De almas negras mistério orlado de um sorrisos brancos
Adentro das caridades que exploram e das medicinas
Que matam.

Além da África dos atrasos seculares
Em corações tristes

Eu vejo
As mãos esculturais
Dum povo eternizados nos mitos
Inventados nas terras áridas da dominação
As mãos esculturais de um povo que constrói
Sob o peso do que fabrica para se destruir

Eu vejo alé África
Amor brotando Virgem em cada boca
Em lianas invencíveis da vida espontânea
E as mãos esculturais entre si ligadas
Contra as catadupas demolidoras do antigo

Além deste começo em outros continentes
a África viva
Sinto - a nas mãos esculturais dos fortes, que são povos
E rosa e pão
E futuro





Texto de Antonio Agostinho Neto
Herói Nacional de Angola
1.Presidente daquele País


ilustração de - Mario Cravo Neto
( Angola)

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Manoel Messias Pereira

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