domingo, 31 de março de 2013

A escola e o confronto ideológico

A escola tem como tarefa servir de um ponto de encontro de pessoas, de consciências, e podemos ver nisto um ponto de encontro ideológico. Ou seja quando observamos o Currículo do Estado de São Paulo, onde estabelece-se," uma educação à altura dos desafios contemporâneos", em que consta itens como a escola que também aprende, o currículo como espaço de cultura, as competências da leitura e da escrita, a articulação para aprender e a articulação do mundo do trabalho.Lá esta o arsenal ideológico do Estado que tens professores como agentes pra semear essa ideologia.

E que ideologia é essa, colocado em pauta cotidianamente, e será que ela tende a cumprir os objetivos propostos? É evidente que não.Pois estamos trabalhando com um processo ideológico social democrata revisionista, que nega as investigações marxistas, que nega o processo revolucionário, que faz um perfeito casamento com o neo-liberalismo.

A Social Democracia foi gestada no berço da II Internacional Socialista (1891 a 1914), quando os grupos de pensadores, demarcaram  posições como:
a) Os revisionistas - que  liderados por  Bernestein,  discordava das ideias marxistas e acreditava num processo revisionistas.
b)Os conservadores de Karl Kautsky que discordava dos revisionistas, pois conservava-se alicerçados na visão de Marx e Engels
c)Os revolucionários liderados por Lênin, Rosa de Luxemburgo,Liebknecth, que além de ter todo o legado de Karl Marx, estabelecia o caráter revolucionário de sua obra.

Sabemos que os revisionistas é que possuem um dote que credencia para um casamento com o neo-liberalismo, e por isto a ideia do Estado mínimo e o processo de privatizações estabelecido pelo Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, que permite privilegiar uma classe social, que é a burguesia. Formadas pelo empresários, que tiveram papel preponderantes no financiamento de campanhas políticas. E assim o Partido que se torna governo dá a contrapartida a essas empresas.

Com isto a industria de mercadoria escolar, como caderno, pastinhas de plásticos, de bolsas escolares, de lápis, caneta, assim como a industria gráfica, que pode fazer inúmeras apostilas, muitas de princípios atrapalhadas em relação ao seu conteúdo, mas tudo bem, consertaram. Pois em tempo de estado informatizado, o Estado salvou essa industria de ter grandes prejuízos. Além disto o Estado passou a cumprir a velha receita do Estado mínimo, do uso da parcerias, das privatizações até dos serviços, das compras de materiais de limpezas das escolas, além das reformas intermináveis com preços altíssimos, mas sempre pra terminar e arrastasse.E funcionários com contratos de terceirização. Hoje já temos professores em condições precárias de contratações como a categoria O. Na qual o Estado recusa oferecer os serviços do Iamsp a esses  professores, deseja privatizar o Hospital dos servidores.

Contando com um das obras interessantes, em termos de ação de Estado, todos os municípios foram obrigados a aceitarem a municipalização, para isto foi oferecido investimentos como a do Fundef depois o Fundeb, ou seja o fundo de desenvolvimento do Ensino Básico. Com isto posto observamos que muitas escolas do primeiro ciclo do Ensino Fundamental não investiram no processo de ensino aprendizagem mas sim na aprovação automática, vendida e difundida pelo próprio Estado Social Democrata do PSDB. Pois os municípios ficaram muito mais atentos quanto dinheiro estava entrando, num faz de conta incrível e não na educação de fato. Diversas administrações até aplicaram o dinheiro corretamente, outras no entanto estão hoje na mira do Ministério Público, por desmandos tais que não cabe a mim enumerará-los.

Com essa leitura o aluno passou a chegar no sexto ano do ensino fundamental, com inúmeras deficiências, com um letramento comprometido, com dificuldades nas quatro operações, com dificuldade de leitura. E assim o PSDB cumpre exatamente o que diz o pensamento liberal de D'Alambert "Este ser é o documento de uma época e obra seminal de onde a maior parte da ciência inspirou pra avançar para patamares até então não imaginados pela humanidade" E pra concluir diríamos avanço sim para o retrocesso, para o atraso educacional, portanto em patamares realmente não imaginados.

E as entidades de classe que deveriam mostrar o contraponto, como Plano, Programa e até um currículo alternativo, além de manter a sua luta por salários, melhores condições de trabalhos, isonomias entre ativos e inativos. Não faz e se faz muito mal feito. Até porque são muitas e o caráter ideológicos estão comprometidos com a desgraça implantada pelo Estado.

E o contexto são famílias hoje desorientadas, pelo processo de vida, econômica que deseducou o ser paupérrimo que guarda no seu dentro de si essa mensagem burguesa, ideologicamente reproduzidas nas escolas mas repetidas nos meios de comunicações, na utilização dos marketing, da propaganda oficial, com filhos desorientados e transtornados querendo por todo meio consumir sem ter possibilidade. De outro lado muitos professores sem entender o jogo ideológico na qual está submetido os aparelhos de Estados, como a Escola. Embora muitos foram orientados por cartilhas petistas, mas vemos o PT, assumir o poder mas não romper com o status- quos políticos, apenas vê-se na manutenção cotidiana.

E vale ressaltar que o PT sempre foi formados por diversas correntes e elas se multiplicam no aparelho sindical. Em resumo a escola é essa caixa de ressonância da sociedade. Os país nem sempre dão conta pois a ideologia corroeu as famílias, as instituições, o que sobrou foi um belo bagaço.Os filhos vão pra escola pra desafiar, botar fogo em escola, atirar nos colegas, vender drogas, sofrer e praticar bulling. E para a promotoria da Infância isto esta tudo certo. Ou seja serão os futuros bandidos que farão chorar os país.Portanto a violência está bem alicerçada no projeto do PSDB.

Diante disto a ideia chave da Educação à altura dos desafios é uma mentira. Quanto a um processo revolucionário, a social democracia negam se for marxista. Ou seja a Educação oferecida jamais será libertária, jamais será emancipatória. Quanto a uma possível revolução burguesa jamais até porque é a classe contemplada portanto só há um congraçamento. E quanto a crise interna e externa reinventam uma engenharia na qual o trabalhador pagará a conta e pra isto eles da classe burguesa tem o poder executivo nas mãos, tem legisladores, e todos os três poderes, que seguem numa dança nada independente, nada distintas e nem sempre harmoniosa, mas eles apimentam-se, e vivem. Enquanto que a classe trabalhadora tem dificuldades em respirar. E assim já há burguês reclamando que eles pagam campanhas políticas, mas o Estado, oferecer ser despreparados pra operar, o comercio a industria os bancos e assim até mesmo a universidade, a ciência enfim estamos perdidos.



Manoel Messias Pereira
professor

São José do Rio Preto-SP



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