segunda-feira, 11 de março de 2013

Fatos Históricos importantes do dia 11 de março





O movimento republicano


Doutor Su Yat-sen, patriarca da China Moderna

A formação do Kuomintang: a insatisfação com a presença estrangeira e a inépcia governamental em resolver o problema do estatuto semicolonial em que a China vivia, gera o protesto crescente da intelligentsia chinesa. O inconformismo tem seu maior intérprete na figura venerável de Sun Yat-sen, nascido em 1866 e considerado o patriarca da China Moderna, que fundou em 1894 a União pelo Renascimento da China, cujo programa tinha por base o nacionalismo e a modernização do país explicitados em seis pontos: 1º) derrubar o governo manchu, 2º) estabelecer uma república, 3º) salvaguardar a paz mundial, 4º) favorecer a nacionalização da terra, 5º) favorecer a cooperação sino-japonesa, 6º) rogar às outras potências para agirem favoravelmente em relação ao movimento republicano- revolucionários chinês. O programa de Sun Yal-sen, que o obrigou a um longo exílio no exterior entre 1895 a 1911, resultou do florescimento da burguesia urbana chinesa ocidentalizada. Não fazia referência à trágica situação dos camponeses submetidos ao despotismo de administradores locais (o ya-men), corroídos pela usura e pelas prestações de serviço idênticas às corvéias feudais. Antes da proclamação da República em 1911, a China ainda vai conhecer a última tentativa de expulsão dos estrangeiros: a rebelião os Boxers (1900).


Chao Fu-tien, um dos líderes dos boxers

O levante dos boxers: a revolta nacionalista de 1900 - chamada de Movimento Yijetuan - que eclodiu nos arredores de Pequim, em reação a uma série de abusos cometidos pelos estrangeiros, foi reconhecido pelas autoridades imperiais como uma isurgência legítima. Um dos cartazes espalhados por Pequim dizia "Odiamos profundamente os tratados que prejudicam o país e trazem calamidades ao povo. Os altos funcionários traem a nação; os baixos os seguem no jogo. O povo é injuriado mas não faltarão desagravos". Os yijetuans conseguiram inclusive cercar por 56 dias as legações estrangeiras que possuiam bairro a parte na capital. Outros dos seus versos afixados nos templos chineses dizia: "quando os demônios de fora/ forem expulsos até o fim/ o grande Ching [a dinastia manchu reinante], unido, junto à nossa terra trará a paz enfim".

Para sufocar a rebelião, organizou-se uma internacional colonialista, uma tropa composta por 20 mil soldados (japoneses, russo, ingleses, americanos, franceses e depois por alemães) foi enviada para ocupar a sede imperial, onde penetrou em 14 de agosto de 1900. Os boxers, abandonados pela imperatriz viúva Tsisi, foram cruelmente sufocados e suas lideranças decapitadas. "Arrasem Pequim!" - que seguissem o exemplo de Átila! essa foi a recomendação do imperador Guilherme II da Alemanha aos oficiais que partiam para a China. Depois dessa aberta e brutal intervenção militar, o outrora orgulhoso Império Celestial definitivamente tornara-se a "colônia de todas as metrópoles". Para infamar ainda mais as autoridades do império, os colonialistas obrigaram a que fossem chineses os carrascos que executaram as sentenças de morte dos principais líderes da rebelião de 1900.

A república chinesa de 1911: o colapso do regime manchu chega a seu fim com a deposição da dinastia Ching (uma dinastia que reinava na China desde o século 17). O seu último representante o imperador-menino Puyi foi afastado por um golpe incruento. Tudo parecia indicar que a China entrara ainda que lentamente no rol das nações modernas com a adesão ao regime republicano. O presidente provisório Sun Yat-sen porém não conseguiu manter-se efetivamente no poder, renunciando em 15 de fevereiro de 1911. Para decepção geral, assume a presidencia o despótico general Yaun Shin-kai, que acaba por fazer maiores concessões aos estrangeiros devido ao escasso apoio interno e a desorganização geral do país. O desalento da intelectualidade com o movimento republicano de 1911 esta espelhado no conto de Lu Sun "Verdadeira história de Ah Q", onde ele o descreve como um contecimento confuso, promovido por charlatães onde somente gente ignorante e crédula termina perdendo a vida. O desaparecimento do poder central acelerou a proliferação pela China afora das trágicas e deletérias figuras dos senhores da guerra (tukiuns), déspotas locais que possuem exércitos privados, que ao mesmo tempo em que espoliam os camponeses, lutam entre si, numa revivência das guerras feudais européias. Desde a morte de Yuan, o impopular general-presidente, até o surgimento do novo "homem forte", o general Chiang Kai-shek (a partir de 1926), o país se encontrará dilacerado pelos conflitos internos. Aproveitando-se dessa situação e da guerra que eclode na Europa em 1914, o Japão obriga a China e aceitar as "21 petições" que é mais um gole na taças da infindável amargura nacional.

Como resultado da evolução da União pelo Renascimento da China. Fundou-se em 1912 o Kuomintang (Partido Nacional do Povo), que tem seu cérebro teórico em Sun Yat-sen e seu braço armado no jovem general Chiang Kai-shek. Rapidamente os nacionalistas ganham prestígio na China meridional, enquanto o norte do país se vê convulsionado pelas quadrilhas dos senhores de guerra que lutam pelo controle de Pequim, umas apoiadas pelos japoneses, outras pelos ocidentais. O projeto do Kuomintang prevê a unificação nacional sob uma liderança caudilhesca baseada numa organização autoritária sem participação popular, similar ao movimento dos "jovens turcos" de Kemal Atatürk que ocidentalizou o antigo império otomano nos anos 20.

A ascensão dos Nacionalistas ganhará novo impulso com a eclosão da Revolução bolchevique de 1917 e com o término da Primeira Guerra Mundial, da qual a China participou ao lado das Potências Ocidentais, esperando desse modo anular os "tratados iníquos" aos quais os japoneses a submeteram, bem como retomar o controle dos territórios "arrendados" à Alemanha.

Em 11 de março de 1912 - Proclamação da República da China
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Getúlio Vargas
Em 11 de março de 1942 - Getúlio Vargas decretou o confisco dos bens dos imigrantes alemães e italianos durante o período da 2a. Guerra mundial.
Em 11 de março de 1964 - A África do Sul retirou-se da Organização Internacional do Trabalho - OIT, devido a suas políticas de segregação racial.
Sargento Manoel Raymundo Soares
contrário ao Regime ditatorial brasileiro
Em 11 de março de 1966 - Foi preso o sargento do Exército brasileiro  Manoel Raymundo Soares, pelo DOPS em Porto Alegre, depois de ter feito contato com o agente policial infiltrado Edu Rodrigues. A prisão foi feita por ordem do Comandante do III Exército General Orlando Geisel, conforme deste ao Supremo Tribunal Militar - STM. O III Exército tomou depoimento e devolveu-o ao DOPS em 19/03/1966, na Avenida João Pessoa em Porto Alegre para a Ilha Presídio situado no Rio Guaíba. Em 26/07/1966 o sargento Manoel Raymundo escreveu a sua última carta a esposa descrevendo a sua prisão e pedindo providências para a sua libertação. Mas em 3 de setembro de 1966 acabou sendo torturado e assassinado pelos detentores do poder político militar do Brasil. 


Em 11 de março de 1970 - O cônsul japonês é sequestrado pelos integrantes da VPR em São Paulo
prof.Anísio Teixeira
Em 11 de março de 1971 - Faleceu o educador brasileiro  Professor Anisio Teixeira
Em 11 de março de 1975 - Em Portugal as forças militares de esquerda derrotaram uma tentativa de golpe pelas forças militares da direita. O que possibilitou mais tarde a esquerda ter o compromisso com o sistema que precisou orientar o país em transportes públicos, bancos, minas, educação empresas de comunicações entre outras.
Em 11 de março de 1985 - Inicio do mandato de Michkail Gorbacthev como secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética .E presidente da URSS.
Em 11 de março de 1979 - Fundado em Joiville o Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Braz, por iniciativa de operários, lideranças populares e a Igreja.


Em 11 de março de 2012 - Um relatório da Amnistia Internacional diz que pessoas que foram detidas pelas autoridades sírias foram sistemáticas torturadas.



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Manoel Messias Pereira

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