Papa Francisco

Jesuítas do Ceará destacam simplicidade de papa Francisco

Redação

Para os padres do Estado, a escollha do argentino é vista como renovação na Igreja

A escolha do arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, como o novo papa foi bem recebida pelos padres jesuítas em Fortaleza.

Para o padre Eugênio Pecelli, pertencente à mesma congregação de Francisco, a atitude de Bergoglio em assumir o comando da Igreja Católica representa amor e comprometimento ao catolicismo. "Ele assumiu o cargo humildemente por muito amor à Igreja, para servir", afirma Pecelli.

Segundo Pecelli, a Companhia de Jesus tinha a tradição de nunca formar papas, pois Santo Inácio, fundador da congregação, pediu que os seus membros não ocupassem cargos eclesiásticos. Dessa forma, para Pecelli, Jorge Borgoglio está sendo humilde.

"Santo Inácio também pediu que a gente tivesse um voto especial de amor à Igreja. Ele assumiu essa missão para se colocar à serviço. É uma atitude muito humilde, está indo por amor, de maneira muito especial", salientou o sacerdote.

Segundo o padre Eugênio, Jorge Mario é um homem muito simples, conservador e inteligente. A escolha do seu nome para o cargo é vista como renovação. "É uma oportunidade da Igreja mostrar ao mundo o catolicismo vivo, que quer seguir cada vez mais Jesus. Eu vejo como um sinal de renovação da Fé e do Clero", afirmou padre Eugênio.

Escolha de Francisco  é vista por congregações como renovação na Igreja

A eleição do papa Francisco foi recebida como um passo na reforma da Igreja Católica por padres de congregações em Fortaleza."Só o fato de não ser europeu, já significa uma renovação", declarou o padre Raimundo Nonato de Oliveira Neto, da paróquia São Vicente, no bairro Dionísio Torres.

Padre Neto apontou que o fato do papa ser sul-americano traz uma grande significação para o Brasil, país evangelizado na religião católica pelos portugueses e com 65% da população seguidores da religião.

Orientador espiritual de um colégio católico na Capital, o padre Sóstenes Tavares Luna acredita que a escolha de um latino para o posto mais alto do Vaticano pode voltar os olhos do mundo para as igrejas situadas em nações "mais sofridas", como o Brasil.

A escolha pelo nome Francisco  também foi apontada pelo padre Sóstenes como uma nova posição de Roma neste sentido. Jorge Bergoglio, apesar de ser jesuíta e não franciscano, é reconhecido por seu trabalho com os pobres e levar uma vida simples.