terça-feira, 7 de setembro de 2010

7 de setembro

7 de setembro marca o Grito do Ipiranga em São Paulo, data magna da nçao brasileira, e que historicamente marca um episódio que não alterou as estruturas econômicas do País. Tanto a Independência quanto a organização do estado Brasileiro.

Tudo ocorreu de acordo com os interesses e aspirações da aristocracia rural, a principal beneficiária do 7 de setembro. Apoiada na exploração da mão de obra escrava, a economia brasileira mantinha o regime de grande propriedade monocultora, a dependência em relação ao comportamento do mercado externo, acrescida da articulação com as economias centrais, mais precisamente da Inglaterra, que foi responsável aos empréstimos para cobrir os deficits orçamentarios, manutenção da máquina administrativa além da rolagem das dívidas anteriores.

O processo da Independência teve início muito antes, ou seja desde a vinda da Famiília Real para o Brasil, passando pela assinatura do Tratado de Aliança e Comércio e Navegação, na qual vimos as vantagens britânicas estavam asseguradas. Numa tarifa especial dos produtos ingleses no Brasilrenovada até 1827.

E para configurar esse quadro podemos apontar para a grave depressão economico-financeira, na qual até 1830, a agricultura escravista tradicional apresentava-se em crise. O açucar, o tabaco, e o algodão, produtos clássicos na pauta de exportação, enfrentavam problemas como a concorrência do açucar antilhano e a produção do açucar da beterraba na Europa; e as pressões inglesas contra o tráfico de escravos, pois diziam que o trabalho escravo era incompatível com o liberalismo econômico e desestimulavam a produção do tabaco usado em escambo na África, enquanto que a produção do algodão norte-americano produzidos no sul dos EUA, passou a dominar o mercado mundial.

Havia ainda a ausência de um mercado interno significativo, e ainsuficiência de capitais, a falta da tradição manufatureira, e as dificuldades decorrentes da precariedade dos meios de transporte e ausência de uma mentalidade empresarial.

Em 1830 vamos ter a introdução da cultura do café que começa a expandir-se desde de V

assoras no Rio de Janeiro, para São Paulo até ao interior, Minas Gerais e Paraná. Um produto que encontrou condições climáticas boas, a utilização da mão de obra escrava e mais tarde emigrantes europeus, a chegado do pensamento empresaial,o porto de Santos como escoadoro da produção, o início do sistema ferroviário, e a abertura de um mercado exterior importante.

Portanto podemos dizer que o I Reinado teve o carater de transição, porém em relação aos outros países que iam tornando-se república, continuavamos imperiomonarquico, e tinhmos a frente não um brasileiro mas um príncipe regente português e que impediu a consolidação do processo de emancipação. Inclusive este país nasceu e a sua primeira constituição foi ditada pelo Imperador em 1824. E talvez essa história muda um pouco com a abdicação de D. Pedro I em 1831.



Manoel Messias Pereira
professor de História

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