Aranha
como árvore, engendra na sombra
a sua festa, seu vôo qualquer
Velhos sóis que a folhagem bebeu,
luz, poeira
agora, tecida no escuro. Alto abandono
em que os frutos alvorecem
e rompem
Mas não se exale a madurez
desse tempo: e role o ouro, escravo
no chão
para que o que é canto se redima sem ajuda.
Ferreira Gullar
09/12/52
Livro - Antologia poética
Nenhum comentário:
Postar um comentário
opinião e a liberdade de expressão