sábado, 2 de março de 2013

Espanha Partido de Rajoy é acusado de roubar noteboocks de ex-tesoureiro




Em novos epsódios do conflito que enfrenta com seu ex-tesoureiro Luis Barcena investigado por corrupção.
Partido Popular (PP), do chefe de governo espanhol Mariano Rajoy, foi denunciado nesta sexta-feira pelo roubo dos computadores do antigo responsável por suas finanças. "A polícia foi à sede do PP para entregar uma notificação ao senhor (Alberto) Durán de que foi denunciado por Bárcenas", informou uma fonte policial em referência a um assessor jurídico do partido conservador no poder na Espanha.

A polícia não deu mais detalhes, mas segundo a imprensa espanhola, Bárcenas denunciou membros do PP por forçar a porta de seu gabinete na sede do partido para roubar dois notebooks. Esta denúncia chega depois de o PP ter afirmado em várias ocasiões que Bárcenas, que deixou o cargo de tesoureiro em março de 2010, não tinha nenhum escritório na sede do partido.

Muito diferente é o que afirma o antigo responsável que, nos últimos dias, redobrou o ataque contra o PP depois que a imprensa noticiou, em janeiro, que teria havido um caixa dois durante anos para o pagamento de bônus em dinheiro ilegal a vários dirigentes. Segundo supostas anotações feitas a mão pelo ex-tesoureiro publicadas pelo jornal El País, entre os receptores destes pagamentos, procedentes de empresas privadas, estaria o próprio Rajoy que teria recebido 25 mil euros por ano entre 1997 e 2008.

A fortuna de Bárcenas também está sendo investigada pela justiça no contexto deste caso de corrupção que afeta a direita espanhola desde 2009, o denominado caso "Gürtel", envolvendo um grupo de empresários próximos ao PP que teria pago comissões e presentes em troca de contratos e favores.

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Assegurando que "a contabilidade do Partido Popular é clara e transparente", o PP tenta há semanas se desvincular de Bárcenas, que teve seu passaporte recolhido pela justiça para impedir que saia do país. Mesmo assim, o ex-tesoureiro intensificou sua ofensiva.

Ele processa o PP por "demissão sem justa causa", garantindo ter recebido 21.300 euros brutos por mês entre março de 2010 e janeiro de 2013 na qualidade de "assessor", apesar de o partido negar qualquer relação trabalhista com ele desde que deixou o cargo de tesoureiro.

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Manoel Messias Pereira

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