Colóquio
Rainha Nzinga Mbandi tida como património imaterial do país
Angop
Historiador angolano Patrício Batsikama
Luanda – O historiador Patrício Batsikama considerou hoje, em Luanda, que a rainha Nzinga Mbandi um património imaterial de Angola, em função da sua luta pela defesa dos valores que actualmente são contemporâneos, como a integridade social e territorial.
Patrício Batsikama fez está afirmação durante a sua intervenção e apresentação do tema “ Nzinga Mbandi, em busca do património angolano”, no âmbito do colóquio sobre a rainha Nzinga Mbandi, que decorre de 28 de Fevereiro a 1 de Março.
Para o estudioso, foi pelos valores acima apontados que Nzinga Mbandi lutou contra o jugo colonial português, em prol do respeito pelas instituições internas, como a protecção dos makotas (anciãos que lideram o país, o reino).
“Os portugueses, como eram autênticos comerciantes de escravos, não queriam respeitar o valor cultural dos povos encontrados. Por isso, a rainha lutou para não venderem os nobres da região do Ndongo”, asseverou.
Pela sua importância e como há alguns aspectos históricos que não correspondem a verdade, indicou que os estudiosos angolanos devem refazer a imagem da Rainha Nzinga Mbandi para depois proclamá-la como o património imaterial angolano e da humanidade.
O historiador disse que para se contribuir no conhecimento da nova geração sobre as figuras históricas do país, as universidades, principalmente as que dão o curso de história, devem identificar estas figuras com o fim de ensinar bem a sua relevância na sociedade angolana.
No colóquio, iniciado hoje, intervém intelectuais nacionais e estrangeiros que tem estado a fazer estudos sobre a rainha Nzinga Mbandi, assim como estudantes sedentos em conhecer a história do país.
Promovido pela Unesco, com o apoio do Ministério da Cultura e da Semba Comunicação, este evento é igualmente promovido para saudar o dois de Março, Dia da Mulher Angolana.
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