De onde vens, ó marulho
que traz espumas das águas
que fecunda mulheres peixes
E guerrilha contra piratas
De onde vens, ó marulho
Que eu te apelido de brisa
Como aroma de atmosfera gelada
Marujos selvagens te brindam
Quem és tu, ô marulho
Quero te compreender o teu encanto
Com ondas faceiras que suspiram
Idas e voltas que não se cansam
De onde vens, ó marulho
Que possui um gago ciciar
Que senta meu corpo nas rochas
E faz minha alma chorar
Quem és tu ó marulho?
Quem és tu Ó encanto?
Que tu fazes com meu pranto?
De onde vem me consolar?
Parece ser a voz que nos apraz
Que vens do oceano longínquo
Que transforma a tormenta em paz
E o tempo em mito.
Sheila Assis
poetisa
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