segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O anúncio e o Presságio de uma sexta feira 13 de agosto


Na sexta feira 13 de agosto de 2010, a imprensa do Estado de São Paulo, noticiou que o governo paulista vai pagar R$50 a alunos do ensino fundamental na faixa de 11 a 12 anos com notas  baixas que participarem de aulas de reforços em matemática disciplina em que os resultados da rede estadual que apresenta um sofrível quadro de aprendizagem.

Em conversa de educadores geralmente falamos de ensino para a competência, que é uma estratégia para eliminar o fracasso escolar e este é um trabalho que foi lançado no mundo por dois professores da California State University de San Diego, que são os senhores Thomas S. Nagel, e Paul T Richaman, doutores em educação, e consiste na consciência de professor e aluno das expectativas e dos critérios que determinarão a consecusão dos esforços de aprendizagem, pois os procedimentos são evidentes especificados com a seleção de atividade mais adequada para este fim e como consequencia o enforque deve ser do professor e do processo de ensino para o aluno e o processo de aprendizagem enquanto que  o foco da avaliação coloca-se no conjunto de objetivos a serem atingidos pelo aluno. E segundo os dois doutores em educação o resultado não é comparado com o resultado dos outros alunos, mas com os objetivos e critérios estabelecidos, eliminando-se, portanto, o sistema tradicional de notas. E daí a individualização do Ensino para a competência e a sua orientação para o alcance de objetivos que  conduz ao uso de módulos, temo oriundo da arquitetura que em educação denomina-se instrumento destinado a assegurar ao ensino/aprendizagem um processo lógico de desenvolvimento possibilitando ao aluno uma quase total autonomia na assimilação dos conteúdos. E para tal os objetivos são pré-requisitos, pré avaliação atividades de ensino, pós avaliação e atividades para sanar as deficiências. E assim é a teoria.

E a práxis desta filosofia é que o Estado de São Paulo tenta aplicar mas de forma precária no quesito sintonia entre o Estado e servidores da educação, tanto em relação ao que ensina e em relação como se aprende. E neste contexto temos a idéia de que o educador não ensina, não educa, enquanto que temos que ajudar uma população que trazem heranças culturais antropológicas provindas de nossa sociedade, com valôres construídos socialmente mas que divergem e muito do processo de educação, exemplo o "bullyng", como bater, xingar, desacatar, são normas de condutas de alguns alunos e alguns país que necessita ser desconstruídas, outro fato é o uso de aparelhos celuláres, com diálogos quem nem sempre estão falando do objeto de estudos as vezes são até papos proibidos para os educadores ouvirem, outro fato é o uso de intorpecentes, drogas lícitas e ilícitas, que muitas vezes isto tudo é construído por uma sociedade, mas que não é pré requisito educacional e nem estes instrumentos alencados são materiais pedagógicos, e deve ser abominados do convívio escolar.

Em abril de 2007, recordo que o jornal Jolha de São Paulo trouxe a opinião do Presidente do Conselho administrativo da Gerdau, Sr. Jorge Gerdau Johannpeter, que falou do "Compromisso Todos pela Educação, lançado em 2006" e do PDE lançado pelo Ministro Fernando Haddade, acreditando que estes dois movimentos, cosolidariam as angustias da sociedade, resultado  da história pouco eficaz da atuação do estado em relação ao processo educacionais.Gerdau dizia "Que acreditaria num país quando suas crianças e jovens tiverem acesso  a um ensino de qualidade, metas para 2022. E quanto do PDE, lançada por Haddad era pra enfrentar os problemas estruturais  da educação como crianças que estudam e não aprendem, profesores com níveis limitados de capacidade, infra-estrutura precárias e incapacidadas gestões e afirmam que as duas iniciativas necessitam do reconhecimento das escolas que cuprem as suas metas. E para tal complementa na tal valorização do professor, na redefinião do piso salarial condicionado a comprovação do patamar mínimo de conhecimento." E quando observamos o projeto educacional em curso no Estado de São Paulo, a utilização do bônus, da tal valorização de mérito vemos que essas falas convergem-se.

Na minha modesta opinião de professor trabalhador da sala de aula, do ensino público paulista, creio que todo o processo de ensino/aprendizagem exige transmissão de conhecimentos e assimilação deste mesmo conhecimento e essa ação depende de uma recepção e de uma emissão de comunicação. Isto independente da estrutura arquitetônica, indepedente do equipamento tecnológico, independente do sistema econômico, político e social. Pois já vimos ao longo da história a educação processar-se em tribos, em montanhas, nas matas, nas famílias, e essa troca de conhecimento necessita de um requisito expressamente necessário, ou seja um ambiente de respeito, de compartilhamento num porcesso de ensino e aprendizagem, de passos a passos a ser seguidos. Ninguém torna-se mestre sem ter um dia a felicidade de ter sido discípulo e assim sucessivamente.Os valores éticos a sociabilidade é algo que necessitamos de sociabilizar. Para tal temos que reafirmar entre nós seres humanos, o diálogo familiar, o respeito a diversidade, a busca da luta pela igualdade de oportunidade, a fraternidade a solidariedade entre todos, a dignidade da pessoas humana, liberdade de cultos, a busca pela paz e a construção coletiva da democracia e isto sim são pré requisitos pra iniciarmos qualquer processo educacional em escola. Ou seja a sociabilidade e o respeito devem ser culturado entre adultos e as crianças, que devem ser preparadas para o convívio fora do ambiente familiar.

Tentanto compreender os R$50, reais  que o Estado deseja pagar para os alunos que não aprendem, a idéia da competência e da competitividade está bem deturpada e transfigurada na atual gestão de Serra/Goldman, e há valores violentos construídos socialmente, que precisam ser extirpado do processo de educação. Mas o processo ideológico move a burguesia naquilo que ela defende. Mas chamo atenção do Estado que não consegue nem determinar os chamados TDH, Transtornos e Disfunsões Humanas que afligem boa parte da população, oriundos destes tempos. e se fosse um Estado sério teria iniciado uma campanha ede submeter  a nossa juventude a exames diagnósticos, neurológico e psicologico gratuitamente e detectando os problemas iniciados os tratamentos.Pois esses fatores interferem no aprendizados das crianças, tanto nas descalculias, quanto na deslexia, e há um conjunto de combinações que os professores podem desconfiar mas nunca tratá-los ou diagnosticá-los. Mas por enquanto o Estado continua calado covardemente.

Mas falando de estado lembramos de Gramsci, antes dos Cádernos do Cárceres, em que ele dizia "Qualquer Estado é uma ditadura" e atualmente vivemos a ditadura da burguesia e quanto aos R$50 reais é um presságui anunciado numa fatídica sexta feira 13 de agosto de 2010. Coisa de terror.






Manoel Messias Pereira
professor de História

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