domingo, 5 de agosto de 2012

Manifestação de ex-militares angolanos reprimida no Lubango



Manifestação de ex-militares angolanos reprimida no Lubango

 Por João Manuel Rocha









Polícia dispersou desmobilizados. Protestos podem voltar (Miguel Madeira)

Uma concentração de veteranos de guerra que se preparavam para uma manifestação no Lubango, província de Huíla, em Angola, foi na sexta-feira reprimida pela polícia.



As forças policiais dispersaram à bastonada uma concentração de mais de 250 veteranos e detiveram 14 manifestantes e um jornalista, segundo o "site" Maka Angola. Os detidos foram libertados ao fim de dez horas.



O jornalista detido disse ao "site" que agentes à paisana afirmaram a detidos: “Quem abrir a boca será fuzilado”.



A intenção de realizar a manifestação contra a situação de um número calculado em 16 mil desmobilizados que não recebem subsídios desde 1992 fora comunicada ao governo provincial pelo Fórum Independente dos Desmobilizados de Guerra de Angola, liderado por Nunes Manuel, um tenente-coronel na reserva.



Na quinta-feira, em Luanda, o coordenador da Comissão de Ex-Militares Angolanos, general reformado Silva Mateus, disse que se não receberem respostas para os seus problemas até 15 de Agosto os desmobilizados voltam a sair à rua. E responsabilizou o Presidente, José Eduardo dos Santos, pelo que possa acontecer.



“Não haverá mais conversa e nós iremos decidir o que fazer depois do dia 15 de Agosto. Sairemos à rua a qualquer momento se o comandante-em-chefe, Presidente da República e chefe do executivo não for sensível em atender a nossa preocupação", disse, numa conferência de imprensa, citado pelo site da RTP.



Nas últimas semanas realizaram-se em Angola protestos de ex-militares, designadamente em Luanda e Benguela. Na capital, a 20 de Junho, a polícia dispersou veteranos à bastonada e com gás lacrimogéneo. E fez mais de meia centena de detenções.



Dois ex-militares, Isaías Kassule e Alves Kamulinge, raptados por desconhecidos durante uma manifestação em Luanda, a 27 de Maio, continuam desaparecidos.



Angola tem eleições gerais marcadas para 31 de Agosto. Serão escolhidos os membros do Assembleia Nacional e o Presidente da República – é eleito chefe de Estado o cabeça-de-lista da força política mais votada.



Eduardo dos Santos, Presidente desde 1979, lidera o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), no poder.



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