sábado, 14 de dezembro de 2013

Não Sabe

O amor que não sabe morrer
persiste no olhar do cão
abandonado que
ao menor gesto,
abana o rabo
na espera do afago.
Está no vaso de planta
esquecido no sobrado
sem morador

O amor que não sabe morrer
não pretende tocar o céu
Quer ficar aqui mesmo -
pedestre, incauto e reles.
Não ouve a ladainha dos mortos,
Nem quer a extrema-unção


Donizete Galvão

poeta

Borda da Mata - MG - hoje radicado em São Paulo


Villa Lobos

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Manoel Messias Pereira

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