O apartheid era o racismo constitucional, ou seja a politica de governo era assim realizada. Naquele momento a África do Sul vivia na contramão da história. E na época solicitei informações sobre aquele país na embaixada da África do Sul em Brasília. E também participei de um Projeto para divulgar as questões de racismo sofrido por parte da população daquele país. E em São José do Rio Preto-SP, por meio do Grupo de danças "Tie Terra", que presidia, tivemos colhendo assinaturas do povo rio-pretense na porta do teatro Municipal Humberto Sinibaldi Netto, para que Nelson Mandela pudesse receer o título de Dr. Honoris Causa, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O lider Nelson Mandela na foto, saudando a população de seu país, ao lado da sua ex-mulher Wine mandela.
Pra entender um pouco sobre o Racismo Constitucional fiz um cronologia do tempo, logo abaixo:
1913 - O native Lancd Act - reparte o território do país. Os dois terços da população composta por negros ficam com 7,5% das terras. A minoria branca ficava com nada menos do que 92,5%. Um negro só pode viver fora de suas terras se estiver empregado em propriedade de brancos.
1949 -Proibição de casamentos inter-raciais, ou misto como alguns chamavam. E a restrição ao direito de ir e vir dos negros que deveriam portar passes especiais para circular nas cidades.
1950 - Proibição das relações sexuais entre brancos e negros. Obrigatoriedade da definição da "raça" nos registros de nascimento. Proibição de Partido de oposição ao governo. Criação de áreas especiais, 100% habitadas por brancos e negros só entravam se fossem para trabalhar.
1951 - Criação dos "bantustões", onde negros podiam residir e supostamente ter propriedades. A idéia era criar uma África do sul inteiramente branca, controlando bolsões negros, como se fossem nações separadas, mas dependentes.
1953 - proibição de uso dos mesmos locais, por negros e brancos - bebedouros, banheiros. Criação de um sistema de ensino separados, com os claros objetivos de rebaixar o nível dos nativos (negros).
1956 - Aprovação da Lei que regula a segregação profissional
1958- Segundo passos do projeto uma África do Sul 100% branca. Lei da Independência aos bastustões mas com os lideres indicados pelo governo.
1971 - Proibição da cidadania aos membros dos bantustões ou seja ( negros) na Africa do Sul.
Em 11 de fevereiro de 1990 - Nelson Mandela, que ficou detido por 29 anos, por acreditar que negros e brancos poderia compartilhar do mesmo ar, pra respirar, entendia que poderiam pisasr a mesma terra, e serem amigos. Foi condenado por traição aos ideais do Estado, do Apartheid, de teor (fascista)
O Estado do Partido Nacional (PN) chegou ao poder em 1948, após a segunda Guerra Mundial, e Nelson Mandela advogado que estudou na Universidade Witwartersrand e filiado ao CNA Congresso nacional Africano, entendeu que o processo de desenvolvimento em separado havia iniciado muito antes através de leis, racistas, e a chegada do PN ao poder foi pra consolidar o regime do Apartheid.
Nelson Mandela observando a cadeia e as grandes que lhe prenderam por tanto tempo.
O regime só cosolida-se no governo de Johannes Gerhardus Strijdom, que sucedeu Malan em 1954. essa foi a nova versão do Apartheid chamada de baasskap. Strijdom, por sua vez seria sucedido por Hendrik Fresch Verwoerd em 1958, quando houve a reformulação das leis, para a lei do desenvolvimento em separado.
Pra que todos possam ter maiores informações, solicito a todos que possam ler o livro "Israel -Africa do Sul" a marcha de um relacionamento, escrito por Richard P Steens e Abdelwahab M. Elmessiri, ambos professores Stevens é professor de Ciencias Políticas da Universidade de Lincoln da Pensilvânia e Elmessiri - professor assistente de Literaura inglesa e norte americana na Universidade Ain Sham, no Cairo.Edição da Missão Lea - Publicado por New Worl Press, Nova York, EUA.
-Aparthei e Falsificação Histórica de Marianne Cornevin da Biblioteca de Estudos Africanos, da Edição 70 -Lisboa - Portugal.
Manoel Messias Pereira
professor
Especialista em cultura afro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
opinião e a liberdade de expressão