Uma carta de Rene Descartes, roubada no Século XIX, foi encontrada nos Estados Unidos da América. É uma carta de quatro folhas escrita em 24 de maio de 1641, que mostra uma extensa correspondência que o filósofo trocava com o seu amigo Marim Mersenne, e que fazia parte do Instituto da França, até que o italiano Guglielmo Libri, roubasse junto com milhares de outros documentos.
A descoberta foi anunciada pela pequena Haveford College, uma instituição do Ensino Superior da Pensilvânia, que abrigava sem saber que tratava-se de um documento roubado. O item foi doado a mais de um século pela viuva de um ex-aluno junto com outros bens.
O responsável pela descoberta foi o pesquisador Erik Jan Bos da Universidade de Ultrech na Holanda, quando navegava pela internet e deparou com a referência a Carta de Renê Descartes e acabou certificando que trava da correspondência original do filósofo.
A carta será devolvida a França, e a entidade francesa vai pagar 15 mil euros (US$20.300) para a Haverford por recuperar o texto, que segundo os especialistas joga luz sobre alguns elementos chaves da filosofia de Descartes e oferece detalhes sobre sua obra "Meditação Metafísica" de 1641.
O ladrão foi simplesmente o renomado professor de matemática, responsável pelo catálogo geral dos manuscritos das bibliotecas públicas da França e foi um dos maiores do século XIX. Foi um sujeito que conseguiu roubar originais de Galileu Galilei, Nicolau Copernico e Pierre Fermant.
Libri de origem italiana, fugiu da França, ficou refugiado político na Inglaterra e vendeu as raridades que percorreram o mundo.
Manoel Messias Pereira
professor de História
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