segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
a banalização da vida
Professor Manoel Messias Pereira (foto) acima
Comentário
Quando recebo a noticia de que ontem foi sepultado o estudante Alcides do Nascimento Lins de apenas 22 anos, assassinado. E sei que era um jovem negro que foi o primeiro classificado no Vestibular da Universidade federal de Pernambuco. Um garoto que tinha todas as dificuldades do mundo, morador de uma residencia de dois comodos com a sua mãe e seu pai. Sendo a mãe carroceira e seu pai flanelinha. Tendo mais tres irmãozinhos. Portanto um jovem humilde.
Parado de frente a sua pequena residência, no bairro Torres em Recife-PE, quando recebeu os agressores que pelo que parece procurava um vizinho, e mesmo a sua mãe informar que era outra pessoa, atiraram e com dois tiros terminaram com a vida do jovem estudante de bio-medicina, e que inclusive já estagiava no Hemope - Hemocentro de Pernambuco.
A polícia civil segundo informações dos jornais de hoje estão investigando pra chegar aos responsáveis por este assassinato.
Parece que um assassinato é algo banal, que acontece a todo o momento, mas trata-se de uma vida. É uma violência, sem causa aparente. E uma banalização constante. É a violação do Artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos do Homem, é a violação das Garantias e Direitos Individuais, afinal sem a vida, ninguem respira e como diria Leminsky, não conspira.
E quando trata-se de um ser negro, assassinado temos uma dupla violência, premissa essa que parto do princípio que no Brasil, sempre houve instalado um conflito social e étnco, quanto a cor das pessoas, se observamos as estatística da polícia, veremos que houve na história deste país, um numero de vítimas de assassinados de origens afro-descendentes, muito maior do que de brancos. Portanto se viver já é estar em constante sobressaltos, morrer assassinado é muito pior.Levando-se em conta que esse é um país que pinta de 10 economia no mundo, em que tem um presidente recebendo o Prêmio de Estadista Global, chamado pelo Presidente dos Estados Unidos de "O Cara", ainda temos a violência nas ruas cotidianamente e o tratamento dado ao ser negro de forma desprezível.
Embora saibamos todos que a "segurança " é uma garantia constitucional e que deveria ser dado pelo Estado. Penso que as vítimas ou familiares destas vítimas deveriam ser indenizados, pela violência que são submetidos, ao viver no Brasil, um país extremamente preconceituoso, cujo o Estado não cumpre a Constituição no quesito "Segurança". É lastimável. E isto não é um caso isolado. Mas a banalização da vida pelo próprio estado, omisso, que cumpre apenas a formalidade de um boletim de ocorrência mas não indeniza essas vítimas, de sua incopetência.
Manoel Messias Pereira
Professor
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