Academia Goiana de Letras e de Imortais
DIÁRIO DA MANHÃ
ELIZABETH CALDEIRA BRITO
No dia 12 de outubro de 1904, surgia em Vila Boa, então Capital de Goiás, a precursora do que viria a ser a Academia Goiana de Letras. Sob a presidência da jovem Eurídice Natal (com apenas 19 anos de idade), foi instalada no Salão de Festas do Palácio Conde dos Arcos a Academia de Letras de Goiás. A notável instalação contou com a participação do governador do Estado José Xavier de Almeida, autoridades e a nata literária e social vilaboense. De duração efêmera, a Academia existiu por quatro anos.
Trinta e cinco anos depois, em 29 de abril de 1939, surgia em Goiânia a Academia Goiana de Letras. Provavelmente inspirado em sua genitora, Eurídice Natal, Colemar Natal e Silva, juntamente com outros seis idealistas e literatos, fundaram a Academia de Letras do Estado de Goiás, em solenidade, no salão do Palácio do Governo.
Em sua trajetória de lutas, sucessos e vitórias, a Academia Goiana de Letras teve na presidência líderes de idoneidade, honra e talento. Homens que contribuíram para que sua existência alavancasse a história, as letras e a literatura goianas. Foram 20 presidentes. Idealistas que, juntamente com os membros eleitos, se empreenderam, se dedicaram, contribuíram e contribuem para o sucesso da AGL e da cultura desta terra. Ocupara a cadeira presidencial: Colemar Natal e Silva (1939-1947), Augusto Ferreira Rios (1947-1948), Leo Lynce (1947-1948), Vasco dos Reis (1949-1952), Elpenor de Oliveira (1952-1953), José Xavier (1953-1953), Zoroastro Artiaga (1957-1959), Pedro Celestino (1959-1961), Eli Brasiliense (1961-1964), Bernardo Élis (1964-1969), Ursulino Leão (1969-1985), José Mendonça Teles (1985-1995), Maria do Rosário Cassimiro (1995-1999), José Fernandes (1999-2001), Eurico Barbosa (2001-2003/2009-2009), Geraldo Coelho Vaz (2003-2007), Modesto Gomes (2007-2008), Luiz Augusto Sampaio (2008-2009), Hélio Moreira (2009-2011) e o poeta Getúlio Targino (2011-2013), cuja poesia compõe esta página.
Em 1988 a Academia Goiana de Letras passa a ocupar o bucólico sobrado da Rua 20, antiga residência de Colemar Natal e Silva. Adquirida pelo governo do Estado de Goiás, na gestão do então governador dr. Henrique Santillo e do secretário de Cultura dr. Kléber Adorno, a casa foi destinada a abrigar a AGL.
Nestes 73 anos ininterruptos de atuação, a “Academia Goiana de Letras vem singrando os mares às vezes calmos, às vezes revoltos da cultura literária com a galhardia que se espera de um sodalício desta importância, com seus 40 membros procurando, cada qual, cumprir o seu mister literário, ofertar sua contribuição para a melhoria da qualidade da vida espiritual das pessoas, com a mensagem das letras”, nas palavras de seu atual presidente Getúlio Targino.
Vida eterna à Academia Goiana de Letras. E longa vida aos seus membros. Posto serem imortais, jamais serão esquecidos!
(Elizabeth Caldeira Brito, escritora, diretora regional do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, sócia titular e 1ª secretária da Diretoria do IHGG)
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