sábado, 27 de abril de 2013

Éguas

furiosas belas
pelas invernadas
como rosas elas
em disparadas

mas um balanço leve
como se só o vento
movesse-lhes as ancas
em seus movimentos

éguas vermelhas
negras e brancas
rosas pedreses,
baias e pampas

as suas crinas de náílon
como chicotes no estalo
manso do vento nas pétalas
batendo e soprando nelas

em cio

as éguas maciças
macias e ardentes
relincham no viço
dos pelos luzentes

onde o cavalo esfrega
e morde e estremece
ante o clamor da posse
e da total entrega

as patas empinadas
o bufo nas escumas
o lombo retesado
em vertical apruma

e sobe nas estruturas
a colossal coluna
e centra-se em profundo
nas suas crias futuras.




Libério Neves

poeta brasileiro
natural de Buriti Alegre -GO 
Brasil.


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Manoel Messias Pereira

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