segunda-feira, 8 de abril de 2013

Para Portugal os principais países para investimentos portugueses, são Angola e Moçambique



Serafim

Moçambique e Angola são os principais países apontados pelos empresários portugueses, quando questionados sobre para que destinos deverão canalizar os seus investimentos ao longo deste ano.
A conclusão, divulgada esta semana em Lisboa, surge no barómetro elaborado anualmente pela Travelstore American Express, que analisa as viagens de negócios das empresas lusas. Das 229 companhias inquiridas – de sectores como serviços, comércio, construção ou tecnologia – 30% indicaram o mercado moçambicano como aposta. Outras 22% referiram a intenção de investir em Angola. E 17% mencionaram o Brasil, país que em 2012 ocupava a segunda posição, agora tomada por Angola. Quanto a Moçambique, também já liderava na edição de 2012.

«Entre as empresas portuguesas, 54% pensa investir em novos mercados, enquanto as multinacionais presentes em Portugal não têm essa intenção», explicou ao SOL o CEO da Travelstore, Frédéric Frère. «Há uma atitude muito mais proactiva e menos inibida por parte das empresas e gestores portugueses em ir lá fora, porque não há outra alternativa», continua, explicando que os mercados lusófonos e mais longínquos, como a China, são cada vez mais encarados como alternativas à deprimida Europa.

Neste contexto, o barómetro indica que expansão para novos mercados representa 31% das razões para viagens profissionais. Verificou-se ainda um aumento médio de 3,8% no volume de viagens profissionais em 2012, face a 2011, com os vistos a revelarem um crescimento importante nos gastos. Representam 9% do total, sendo o terceiro mais alto a seguir às despesas com aviação e alojamento, que somam 51% e 21%, respectivamente.

Para 2013 este estudo prevê um crescimento de 0,9% no volume de viagens de negócios profissionais organizadas em Portugal. Ainda assim, a maioria das companhias lusas deverá adoptar medidas que reduzam o custo médio das suas deslocações, optando, por exemplo, por antecipar as reservas ou recorrer mais a áudio e videoconferências.

A nível europeu houve um crescimento moderado de 1% nas viagens de negócios, antecipando-se que este ano se imponha a estratégia de ‘esperar para ver’ como evolui a economia. Por isso, o aumento esperado é tímido, rondando os 0,5%.

Tags: Lusofonia, Angola

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Manoel Messias Pereira

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