Quando vemos a idéia da pluralidade, do multiculturalismo, passamos a refletir sobre os caminhos que toma a humanidade e qual é a realidade que está estabelecida nesta vida.
Passamos a entender que é preciso valorizar as diferenças que existem nos mais diversos grupos sociais, nas múltiplas tribos comportamentais, que compõe a sociedade brasileira. E essa busca de valorização com certeza vai esbarrar numa cristalização, numa resistência pessoal e até coletiva, ou seja num contexto problemático, pois a realidade é ideológica.
Estes problemas são, de ordem étnico racial, de gêneros, homofôbicos, na qual encontramos o machismo, o homofobismo, contra gays, lésbicas, transexuais, travestis, e na questão racial, o preconceito, o processo de discriminações pela cor ou raça, e o racismo mesmo, escondidos nas estruturas desta sociedade.
E há quem mantem um olhar da indiferênça, para essas questões, e desta forma não percebe as diferenças, que são evidentes e vítimas das atitudes inconvenientes de uma população, que mantém uma ideológia sobrepondo, gritantemente sobre outras, estabelecendo um conflito social permanente, mas ao
olhar displicente da indiferença, com certeza vão afirmar que não existe o processo preconceituoso nesta sociedade, não vão ater as diferenças.
Valorizar as diferenças, significa ajustar as coisas, para a exigência do respeito ao que é diferente.E isto exige uma atenção, permanente de quem como eu, procura sem sobra de dúvidas desejar competir ou ter as mesma condições de igualdade, no processo de sobrevivença social, cultural, intelectual, científica, universalizando o processo educacional, fundamentado num respeito mútuo as diferenças e as múltiplas formações culturais, advindo de todas configurações étnicas que compões a população brasileira.
É evidente que ninguém quer ser igual ao outro, nem na sua composição física, artísticamente, culturalmente, inteletualmente, nem nas histórias, nem nas modas, nem nos gostos, das roupas, das comidas, nos gostos das cores, nas ideologias políticas, nas religiões nas crenças, ou seja todos no seu conjunto de valores são diferentes uns dos outros. E ninguém precisa eliminar o próximo, por ser diferente, mas aproximar-se, aprender com o outro compartilhar a necessidade de ser feliz, de viver em paz na construção de um mundo de ternura e multiplicidade cultural. E isto exige respeito uns aos outros.
E os problemas enfrentados pelas múltiplas comunidade, no Brasil assim como em outras partes do mundo, precisa ser sanados, seja no seu aspécto, sociológicos, antropológicos, históricos, geográficos, linguísticos, políticos. O importante é a busca de ser feliz, embora na contradição de existir, na dialética das configurações, nas lutas de classes permanentes.
Em relação as etnias, sabemos que este país assim como toda a América Latina sofreu a influência do processo do branqueamento, no Brasil houve a defesa do morenismo, por meio da mestiçagem e da missingenação, inicialmente pensada por Gilberto Freire, e que pensou como sabemos tudo a partir da Casa Grande para a Senzala. Mas foi importante que mudou a idéia do processo de branqueamento de um povo que foi formado na sua grande parte por mestiços entre negros, índios e brancos.
Mas a questão do negro, do indio, do oriental seja ele japonês, chinês, judeus, os latinos, árabes, ciganos, palestinos, libaneses, que também são discriminados dentro deste País, e inclusive são estes sêres humanos que participam das discussões nos congresso sobre as desigualdade raciais, organizadas pelo governo no Brasil por meio da Seppir e no Estado de São Paulo pela Secretaria de Direitos Humanos e Justiça. Pois essa uma luta que precisa estar explicita, e em busca do fim dos processos discriminatórios.
E no seio destas etnias, temos ainda que superar as lutas de gêneros, em que são evidentes os processos de violências todos os dias de homofôbicos contra gays lésbicas, transexuais, travestis, ou no caso dos heteros, homens que acredita ter a mulher como objeto de seus pertences, e que casos como de divergências de opiniões, ou quaisquer outros motivos de desentendimentos partem para as agressões, ou até assassinatos, como temos assistidos cotidianamente nos meios de comunicação, e até mesmo em nossas familias.
E no quesito religião, essas diferenças, as vezes são ressaltadas, há processos, a violências, mas não há valorização de nenhuma religião neste caso, estamos assistindo, um quadro deprimente quando falamos em religião. Embora neste país compartilha-se dum mesmo ar, entendendo que há Deus ou Deuses, Cristãos, sejam católicos apostólicos, sejam protestantes e envangélicos, católicos ortodoxos, sejam pentecostais e neo-pentecostais, espiritas, e espiritualistas, umbandistas, omolocos, candomblés, xangos do nordestes, tambor de minas, vedantas, crisnamurtis,hinduismos, budismos, bramanismos, neo-bramanismo, Fé Bahaí, islamismo na sua múltiplas facetas, como sunitas, xiitas, sulanitas, bin-hassionistas, xintoismo, xamanismo, chá de santo daime, rastafari,cultos ciganos de Santa Sara e tudo isto é praticado no Brasil, mas há preconceitos de determinados grupos sociais, de políticos, de ideologia tanto que podemos observar jornais , canais de televisões, revistas e ver evidentemente que há idéia da existência de uma só orientação. Ma o há é uma mentira pois não há a valorização da diferença, nem o compartilhamento ideal ou melhor do que existe portanto material para o enriquecimento do processo dialético cultural.
É preciso valorizar, essas diferenças, enxergar o diferente, aprender a respeitar, a conviver, a compartilhar, a dividir espaços, a sonhar, e ter a utopia do céu no convívio social. Só há algo que no momento fica dificil discutir é a politica partidária no Brasil, esse é um tema que merece uma reflexão séria e nada apaixonante e até com muita profundidade científica. Mas esse é um outro papo, pra outra oportunidade.Abraços,
Manoel Messias Pereira
professor de História
São José do Rio Preto-SP
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