quarta-feira, 30 de março de 2011

Morre José Alencar, vítima de câncer

José Alencar morre vítima de câncer
30/03/2011


Fonte: Gazeta de Alagoas

São Paulo, SP, Brasília, DF, e Coimbra, Portugal – O ex-vice-presidente da República José Alencar Gomes da Silva (PRB) morreu ontem aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de câncer. Empresário, ele entrou para a política aos 62 anos e se tornou conhecido nacionalmente na campanha presidencial de 2002. Em 15 anos, passou por 17 cirurgias. Sua luta contra a doença, marcada por declarações de fé e otimismo, comoveu o País. Foi internado pela última vez anteontem e morreu às 14h41 de ontem, de falência múltipla dos órgãos. O corpo será velado hoje no Palácio do Planalto, em Brasília, e na quinta-feira no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. O enterro deve ocorrer no Cemitério do Bonfim, na capital mineira. A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula anteciparam a volta de Portugal para participar das homenagens no País. O vice Michel Temer, que estava no exercício da Presidência, decretou luto oficial de sete dias. A medida foi seguida por diversos estados. A chegada do corpo a Brasília está prevista para as 9h15, na Base Aérea, onde haverá recepção com honras militares. O caixão será levado em carro aberto até o Palácio, que será aberto ao público às 10h30. Dilma e Lula devem chegar à capital às 17h. Emocionado, Lula dedica título ao “irmão” Alencar O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, chorando, que irá dedicar a José Alencar o título de doutor honoris causa que receberá hoje de manhã da Universidade de Coimbra. “É fácil falar das pessoas depois que morrem, porque todo mundo fica bom depois que morre. Mas o José Alencar era bom em vida”, disse, ao lado da presidente Dilma, que estava em Portugal para assistir a sua titulação. A morte fez a presidente encurtar a viagem. Ela voltaria hoje à noite, agora irá depois do almoço. “Estamos num momento de muito sentimento. Foi uma grande honra ter convivido com o José Alencar. É uma daquelas pessoas que vai deixar uma marca indelével na vida de cada um”, afirmou Dilma. Corpo será velado em Brasília e MG São Paulo, SP – O corpo do ex-vice-presidente José Alencar será velado em Brasília e Minas Gerais. O político morreu ontem às 14h41, aos 79 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de câncer. Ele foi internado anteontem com quadro de suboclusão intestinal. O Planalto confirmou que a chegada do corpo a Brasília ocorrerá hoje, por volta das 9h15. O corpo sai de São Paulo às 7h em voo da FAB (Força Aérea Brasileira). Na Base Aérea de Brasília será realizada uma cerimônia com honras fúnebres com a presença do presidente em exercício, Michel Temer, e os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso. O cortejo fúnebre passará pela cidade em carro de bombeiros até o Palácio do Planalto. Por volta das 10h30 está programado o início do velório reservado para autoridades. Simples, José Alencar gostava de contar “causos” Foi senador pelo Estado de Minas Gerais, e elegeu-se vice-presidente da República na chapa do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, conseguindo a reeleição em 2006 Menino pobre, nascido em 17 de outubro de 1931, em Muriaé (MG), José Alencar Gomes da Silva pediu um empréstimo para o irmão para abrir, em 1950, uma loja de tecidos no interior do Estado. Os juros altos quase o fizeram desistir de tentar um futuro melhor. Persistiu e se tornou um empresário bem sucedido, dono da Coteminas, uma das maiores indústrias têxteis do país. Décimo primeiro filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, ele foi o mais bem sucedido dos 14 irmãos. Alencar começou a trabalhar cedo: aos 7 anos foi vendedor em uma loja do pai. Ele deu mostras de sua independência já aos 15 anos, quando decidiu deixar a família para trabalhar como balconista. Foi senador pelo Estado de Minas Gerais, e elegeu-se vice-presidente da República do Brasil na chapa do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, conseguindo a reeleição em 2006. A partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa. Ele exerceu a função de ministro até março de 2006. Morte repercute em Alagoas | FELIPE FARIAS - Repórter A morte do ex-vice-presidente da República, José Alencar, repercutiu no meio político em Alagoas. O Partido Republicano Brasileiro (PRB) no Estado divulgou nota oficial de pesar pela morte de Alencar, que era também presidente nacional da legenda. Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió também se posicionaram, assim como a Assembleia Legislativa de Alagoas. O presidente do diretório estadual do PRB, Euclides Mello, que se encontrava em São Paulo, informou por telefone que a direção da legenda em Alagoas deve propor oficialmente a realização de sessões solenes para homenagens em memória de Alencar, nas casas legislativas. “Ele foi um dos homens públicos mais íntegros que este País já teve”, destacou Euclides Mello. Euclides lembrou tratar-se de um homem de origem humilde, que cresceu graças a seu trabalho e destacou ainda ser uma pessoa de muita fé. “Foi certamente o que o ajudou em muitos momentos durante o tratamento – como ele mesmo admitiu”, relembrou Euclides Mello. Legado deixado por Alencar é destacado | NIVIANE RODRIGUES - Repórter A morte do ex-vice-presidente da República José Alencar repercutiu na Assembleia. Logo na abertura dos trabalhos, o presidente Fernando Toledo (PSDB) disse que era com consternação que o comando da Casa registrava o falecimento de Alencar. “A Assembleia Legislativa se solidariza ao tempo em que se reveste de pesar com o falecimento de um homem que engrandeceu de forma efetiva, política, as ações do Brasil como vice-presidente da República e como empresário bem sucedido; exemplo de honradez e dignidade. Portanto, os nossos sentimentos mais profundos à família do ex-presidente e os nossos votos de pesar”, disse Toledo. Diversos outros parlamentares também fizeram uso da palavra para falar sobre a figura de Alencar e o legado que ele deixa para o Brasil. O deputado Antônio Albuquerque pediu a palavra e fez requerimento verbal ao presidente Fernando Toledo para que a sessão fosse suspensa, num gesto de homenagem “a um homem que foi indiscutivelmente uma figura pública da maior envergadura e que merece, sem dúvida nenhuma, o voto de pesar e o respeito de toda a população alagoana”, disse. >







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Manoel Messias Pereira

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