segunda-feira, 19 de março de 2012

Medicamento indicado para doença cardíaca combate preconceito racial



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Medicamento indicado para doenças cardíacas combate preconceito racial



Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descobriram que o medicamento propanolol, indicado para o tratamento de pessoas com doença cardíaca, também combate o preconceito racial, avança o portal ISaúde.





Os resultados mostram que voluntários que receberam o beta bloqueador apresentaram um resultado abaixo do normal num teste psicológico padrão que avalia atitudes racistas.





Para o trabalho, Sylvia Terbeck e is seus colegas avaliaram 36 participantes, 18 que receberam doses de propanolol e 18 que receberam um placebo através de métodos como categorizar palavras positivas e negativas em imagens de pessoas negras e brancas.





A equipa descobriu que, a um nível subconsciente, pessoas que fizeram uso do medicamento são menos resistentes a outras etnias, quando comparados com o grupo tratado com o placebo.





Os investigadores acreditam que o propranolol reduz a base racial implícita porque esse viés é baseado em respostas automáticas e não conscientes de medo, que são bloqueadas pelo fármaco.





Segundo os cientistas, a descoberta ajuda a explicar o facto de que o racismo é fundamentado no medo. O propranolol age tanto nos circuitos nervosos que regulam a frequência cardíaca, como na parte do cérebro envolvida com medo e respostas emocionais. A droga é utilizada para tratar ansiedade e síndrome do pânico.





"Os resultados oferecem novas evidências sobre os processos que moldam o preconceito racial implícito no cérebro. Esse preconceito pode ocorrer mesmo em pessoas com uma crença sincera na igualdade", explica a psicóloga.





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Manoel Messias Pereira

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