domingo, 18 de março de 2012

Meu barco andou buscando um navegante


Meu barco andou buscando um navegante

Que se esquecera ao longe e, muito embora

Venha das sombras de um país distante,

Vai demandando a luz da eterna aurora!



Quantas vezes chorei no barco antigo!

Eram tempos de trevas e tempestades,

Vagas de dor, em noites de perigo,

Chuvas de pranto, névoas de saudade...



Mas, um dia, Jesus deu-me a ventura

De revelar o viajante amado

O grande sonho, o anseio de ternura,

A esperança no porto desejado.



Desde então, o outro barco, enchendo as velas,

Vem, quase rente ao meu, sem descansar!

Não mais só!... Adeus morte, adeus procelas!

Nós dois sigamos pelo mesmo mar.



Nina Arueira.



poetisa e jornalista
Rio de Janeiro-RJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário

opinião e a liberdade de expressão

Manoel Messias Pereira

Manoel Messias Pereira
perfil

Pesquisar este blog

Seguidores

Arquivo do blog