terça-feira, 20 de março de 2012

Procuro pessoas pra sonhar com o Amor

Qual é o papel transformador que devemos ter? É o papel de quem nasceu pra entender o outro e compartilhar de esperanças a cada momento. E estes momento tem de ser o do estabelecimento de um princípio básico, feito de respeito, as diferenças, o entendimento de que todos precisam ter as mesmas oportunidades, de que o mundo que encontramos é diferente a todo instante, e devemos refletir dialeticamente sobre ele.

Já tenho a experiência de meio século de vida. Encontrando com todas as dificuldades, que um ser humano desprovido de bens e dinheiro, pode viver. Sou neto escravos. Seres humanos que atravessaram o Oceano Atlântico pra vir trabalhar, unicamente.

Há quem acredita que o trabalho dignifica o homem. Mas quando remunerado e respeitado, no seu período de laborial, mas entendendo que todo o trabalhador precisa de lazer, de boa comida,de boa residência, estudos e com certeza de sonhos. Quem não visualiza esperanças, sofre de depressão com certeza.

Creio numa ilusão de que amanhã, podemos ter um mundo sem fronteira, sem governo, auto-respeitável, aproximando-se povos, compartilhando riqueza, trocando experiências, entendendo que a indústria da guerra, produz um material, ou um produto, mas que podemos descartar como dor, violência, crianças orfãs, homens e mulheres mutiladas.

Devemos concentrar os esforços numa indústria, que proporciona o prazer de um novo olhar, a produção industrial agrícola é deve ser  construíída e repartida. Não justifica um grande estoque, e a lado alguém morrendo de fome. Não justifica carros importados, e ao lado pessoas sem conseguir ter um chinelo. O ritual que apregou, é que possamos plantar as uvas juntos, que possamos colher as uvas juntos, observar a chuva, o sol,  juntos, fazer o vinho, juntos fazer a festa, e brindarmos juntos o prazer de nossas existências.

Viver no pragmatismo da esperança, na ternura do refletir. Quero refletir numa primavera de flores pelos campos floridos, não como os girassol da Rússia plantadas no passado em homenagem aos mortos na guerra. Mas plantadas em homenagens a cada ser vivo, que entendem a necessidade de compartilhar o Amor ao próximo, na ilustração de uma tela de Van Gohg, quero refletir o inverno entendendo que o frio é o momento de compartilhar abraços, na leitura de corpos e mentes que precisam amar-se eternamente, quero entender o verão não como uma estação de aventuras, mas de propagação de calor humano entre a humanidade, quero ter o outono na beleza da canção de Roberto Carlos, a procura de detalhes e de um anjo bom, como a pessoa amada que espera a chegada do ente querido apenas oferecendo um beijo molhado na leitura de que precisamos saciar em amor.

Todos nós precisamos ter as mãos estendidas ao outro, na eficiência de ser humano melhor, numa clara ilusão de que todas as barreiras, todos os sentidos, todos os sentimentos de separações, de discriminações, de racismo, de limites geográficos, em que há necessidade de desconfiar do outro, de roubar o outro, de estabelecer fálcatruas, de ganãncia na vida. Pra mim está errado é bobagem pura e simples, praticada nos sistemas todos que estão aí, criando assim um estágio de plena loucura.Isto é o capitalismo.

Meus sonhos procuram pessoas que tenham um olhar voltado para os olhos, para os corações, para a leitura socialista, em que possamos produzir, um Movimento de consciência de libertação, de orientação baseada no respeito, no amor ao próximo, no respeito aos idosos, as crianças, aos animais, as mulheres, nos Direitos Humanos, um respeito laico, que temos de profetizar e cantar em prosas e versos.



Manoel Messias Pereira

professor e poeta
São José do Rio Preto-SP



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