quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Jamil: Revolução libertará Venezuela da exploração capitalista



Jamil: revolução libertará Venezuela da exploração capitalista

“Todas as transformações populares revolucionárias em nosso continente precisam da solidariedade internacional.” Assim, o presidente do PCdoB na capital e vereador, Jamil Murad, destacou a importância do evento realizado nesta segunda-feira (4) no Consulado da Venezuela em São Paulo. O ato em solidariedade ao presidente Chávez e à Revolução Bolivariana contou com a presença de diversas entidades e movimentos sociais. Novamente a esquerda brasileira se uniu em defesa do líder bolivariano.

Vanessa Silva

Movimentos sociais se reunem, em São Paulo, para solidarizarem-se com a Venezuela
A data escolhida para a manifestação solidária é emblemática porque marca o aniversário da frustrada tentativa de golpe perpetrada por Hugo Chávez em 1992, que culminou em sua prisão e no início do processo revolucionário no país. O evento é parte de uma jornada continental de solidariedade ao povo venezuelano e à Revolução Bolivariana, construída pela Articulação Continental dos Movimentos Sociais da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba).

O conselheiro da embaixada da Venezuela no Brasil, Carlos Ron, ressaltou que, em 1992, os militares, comandados por Chávez, “quebraram o paradigma de que as Forças Armadas só queriam o poder por ele mesmo e neste momento, lutaram pelo povo porque eles mesmos eram parte do povo”.

“Hoje temos os frutos: esta Venezuela que fez a revolução conseguiu erradicar o analfabetismo, reduzir a pobreza ao nível mais baixo da história venezuelana”, afirmou Ron. E destacou ainda a importância da solidariedade internacional e, em especial, do povo cubano, que auxilia a Venezuela com programas sociais e com o projeto integracionista da Alba.

Quanto ao fato de a imprensa brasileira manipular e omitir informações a respeito de seu país, o conselheiro foi enfático: “todas essas coisas que saem na mídia não conseguem enganar o povo brasileiro, que é solidário à Venezuela. Nós vamos manter esta unidade”, ressaltou.

Revolução do povo

“É uma revolução heroica que vem ao encontro do sentimento do povo venezuelano e de todos os latino-americanos de se libertar da exploração capitalista, da opressão de classes e também no anseio de ver florescer aqui uma sociedade progressista, verdadeira”, assim o líder comunista caracterizou o processo venezuelano. E observou que “qualquer movimento semelhante a este sempre teve resistência por parte da elite golpista, reacionária. Um progresso social mais consistente sempre terá resistência”, daí “a importância da solidariedade internacional como resposta a estas tentativas desestabilizadoras”, refletiu.

Representando o Partido dos Trabalhadores (PT), Max Altman enfatizou que “o povo venezuelano é consciente. Bem informado e bem formado politicamente. E o processo para uma sociedade socialista só pode ser implementado com consciência. Diferentemente do que aconteceu com Salvador Allende, no Chile, que não tinha o apoio das Forças Armadas, a Revolução Bolivariana é um projeto pacífico, mas armado. Então, há ali a somatória: Forças Armadas e forças populares, defendendo um projeto sui generis de socialismo”.

“A oligarquia, apoiada pelos meios de comunicação, tenta desde o começo desestabilizar e atacar este governo, acusando-o de ‘ditadura’, de ‘golpista’… mas não deu certo. A oposição perdeu os quartéis, perdeu as ruas, perdeu democraticamente o eleitorado, e agora esperneiam por meio do canal Globovisión, pelo jornal El Universal”, defendeu Max Altman.

O petista enfatizou ainda que, com a ausência do líder, que conclui um tratamento para combater um câncer, em Havana, “novas lideranças surgem e se consolidam”. E observou que “o vice-presidente Nicolás Maduro conduz com segurança o país”.

Integração de face humana

As lideranças ressaltaram, em suas falas, o processo de integração com faceta humana liderado pela Venezuela. Para o membro do setor de Relações Internacionais do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Joaquin Piñero, está em curso uma nova integração, na qual os povos participam ativamente: “A Alba é outra proposta de integração. Não a integração comercial, mas entre os povos de forma que a classe trabalhadora possa se identificar uma com as outras”.

Piñero enfatizou ainda a importância do 4 de fevereiro: “a data, convocada por esta articulação em vários países, para nós é fundamental porque ela não é só simbólica na Venezuela como reinício da luta contra o neoliberalismo, mas desta fase que estamos vivendo no continente, do reinício da luta pela derrota do neoliberalismo e da retomada, nas mãos da classe trabalhadora, de um novo processo de integração, que vise a solidariedade para que continuemos avançando”.

Entidades:

Participaram do ato: PCdoB, PT, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Comunista Revolucionário (PCR), Partido Comunista Marxista-Leninista (PCML), MST, Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta Pela Paz (Cebrapaz), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Levante Popular da Juventude, União da Juventude Rebelião e o cônsul de Cuba em São Paulo, Lazaro Mendez.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva

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Manoel Messias Pereira

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