terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

PT de Cubatão Persegue os trabalhadores






‘No princípio era o Verbo’ vejo escrito,

E aqui já tropeço! Quem me ajuda?

Tão alto sublimar não posso o verbo,

Devo de outra maneira traduzi-lo...

Devera estar – ‘Era ao princípio a Força!’

No momento, porém em que isto escrevo...

Solução enfim acho: satisfeito,

‘No princípio era Ação’ – escrever devo.

                                                 & nbsp;                 (GOETHE in Fausto)



Que o PT há muito deixou de representar os interesses dos trabalhadores, isto mais ninguém duvida. Porém, ser esse partido perseguidor  de   pais e mães de família que lutam para ter seus salários em dia, supera todas as expectativas, até mesmo dos eleitores mais à direita no espectro burguês. A perseguição aos operários das obras do PAC e aos servidores  federais nas últimas greves é a prova inconteste que este partido não só abandonou a defesa dos trabalhadores, como é o primeiro a imputar-lhes culpa pela luta.



Assim ocorre em Cubatão governada pela petista Márcia Rosa em seu segundo mandato. Doze profissionais em educação são hoje acusados por essa “digníssima   prefeita” de “baderneiros” devido às manifestações em frente à Câmara de Vereadores e na porta da prefeitura. Essa Senhora se utiliza de uma lei arcaica publicada em 1959 para silenciar a categoria de servidores municipais,  que inconformada luta por um Plano de Carreira decente; pelo aumento e reposição salarial, já que não recebe nem mesmo repasse da inflação oficial. Os trabalhadores do município vêm sendo tratados à base de “chicote” desde o início de 2012, quando já naquela época a ex-companheira e também professora na cidade, deu falta injustificada a todos servidores que reivindicavam melhores condições de trabalho.



Em 4 dezembro de 2012, organizados a partir de chamados no Facebook, pois o sindicato comprometido com o governo não mobiliza os trabalhadores, os servidores de diferentes secretarias se dirigiram à Câmara Municipal para pressionar os vereadores que queriam aprovar o aumento salarial da prefeita Márcia Rosa e de seus secretários, além da criação por volta de 80 cargos comissionados, entre eles a de um cargo denominado “chefe do mestre de cerimônia” e da majoração abusiva do IPTU para 2013. Na Câmara os servidores encontraram os vigilantes da Empresa Marvin que não recebiam salários há mais de dois meses. Os trabalhadores lançavam palavras de ordem e exigiam serem atendidos em seus interesses elementares: pagamento do salário atrasado; depósito em dia do 13º salário e das férias de janeiro, bem como o pagamento do Planvale e de outros benefícios atrasados; entre esses itens também exigiam a abertura de discussão do Plano de Carreira engavetado pela prefeita em 2012.



Em perseguição, dentre 150 manifestantes escolheu-se 12, 10 de uma mesma escola para responderem inquérito administrativo, indicando a absurda pena de demissão a bem do serviço público.  A partir de então se instaurou em Cubatão um clima de terror: CIPs – Comunicação Interna de Pessoal - dos envolvidos deixaram de ser aceitas, médicos de pacientes em tratamento há mais de três anos, por temer represálias, negaram atendimento aos acusados; os doze passaram a ser difamados como baderneiros. A administração procurada por várias autoridades e políticos se negou a discutir a situação, não atentando ao principio da razoabilidade. E o pior, através de Resolução da Secretaria da Educação, de 28/01, vésperas do inicio do ano letivo, desmontou o projeto pedagógico da escola em que trabalham os 10 processados. Isto resultou em enormes prejuízos aos docentes da escola e da rede que já tinham programado a sua vida funcional para 2013, com aulas atribuídas desde 2012. Os alunos também foram prejudicados uma vez que, mesmo diante dos resultados educacionais e dos prêmios obtidos ainda em dezembro de 2012 pelo Conselho Municipal de Educação e pela Assembleia Legislativa do Estado, não prosseguirão com o projeto construído coletivamente pelos professores, alunos e pais. Com isto perde não só a comunidade escolar, mas a cidade de Cubatão e, em particular os trabalhadores com o fim de um projeto pedagógico reconhecidamente consistente e de qualidade. A retaliação se deu por razões políticas e não por razões pedagógicas.



Estes são os “crimes” cometidos pelos  LUTADORES de Cubatão. A perseguição contra os servidores é o requinte da política petista do século XXI. Aqui aprimoram um bordão usado pelos militares do tempo da ditadura: aos amigos (burgueses), tudo, aos trabalhadores e seus autênticos representantes, a lei que criminaliza as lutas.  



PELA RETIRADA IMEDIATA DOS PROCESSOS!
CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DAS LUTAS DOS TRABALHADORES!
PELO ATENDIMENTO IMEDIATO DAS REIVINDICAÇÕES DOS SERVIDORES DE CUBATÃO!


NATE – NÚCLEO DE ESTUDOS E AÇÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

--
Partido Comunista Brasileiro
Comitê Estadual - SP
(11) 3106-8461

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Manoel Messias Pereira

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