é a palavra esmerilhada
transformada
com o fio da percepção humanista
da vida.
Antes de nascer o verso
a sura
ela é elaborada
com a alma
da nossa existência,
E diante disto
Vem uma industria
travestida de Cristo
transformando a poesia
em frutas enlatadas
em guardanapos
pintados e bordados
desconstruindo a ternura
esmagando a aventura
de quem vivem apaixonados,
eu sou o poeta
e reluto, entre as chuvas
entre os abraços e beijos
entre corpos e almas molhadas
entre desejos ardentes ou perenes
o que quero é amar
é mordiscar
a pessoa amada
e lambê - la
e desmaiar de prazer.
Pra mim, há uma árvore no jardim
da árvore da nossa existência
feita de nossos sonhos e carinhos
de nossa vida, de nossa presença
sem a industria do enlatado e do bordadinho.
Manoel Messias Pereira
poeta
São José do Rio Preto-SP
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