sexta-feira, 11 de março de 2011

Ambientalistas tentam frear desmatamento no Cáucaso

Dr. Nugzar Zazanashvili



Ambientalistas tentam frear desmatamento no Cáucaso
11/03/2011 00:00
Fonte: Ambiente Brasil

Cinco milhões e meio de hectares em 250 regiões: este é hoje o tamanho da área protegida em todo o Cáucaso, graças a diferentes iniciativas ambientais com apoio internacional.

Também o governo alemão financiou vários projetos de reflorestamento na região. Já havia reflorestamento nos tempos da União Soviética, mas, na época, só eram plantados pinheiros – uma verdadeira monocultura. Para os ambientalistas da WWF, ecologicamente só faz sentido uma mistura de amieiros, freixos e tílias, entre outros tipos de árvores, para que um número suficiente de espécies sobreviva à avançada alteração climática. Seria necessário mudar a mentalidade.

Frank Mörschel, especialista em florestas da WWF, participa de projetos de sua organização. "Nós tentamos trazer novas ideias e dar às pessoas novas culturas e novos instrumentos", conta. Como um todo, se trata de um "intercâmbio de experiências". Novas perspectivas para a população - No entanto, nem sempre é fácil fazer com que a população local colabore na proteção à floresta. Em algumas regiões da Geórgia, quase 30% das pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Para quem precisa sobreviver, lenha para o aquecimento e pasto para o gado são mais importantes do que a proteção do meio ambiente, explica Nugzar Zazanashvili, chefe do departamento de proteção à natureza do escritório da WWF no Cáucaso. "A comunicação com a população local é difícil. Quando falamos de ?seu país?, ?seus interesses?, ?seu futuro?, as pessoas não entendem que não estamos falando só deles, mas de todos nós", diz Zazanashvili. De acordo com sua experiência, é só lentamente que os habitantes das áreas afetadas percebem a importância da proteção do clima para o seu futuro. Mas os projetos de proteção também podem ter efeito imediato. Alguns dos habitantes locais encontraram emprego no âmbito dos projetos e ganham dinheiro plantando árvores ou vigiando as cercas que impedem o avanço do gado.

No entanto, também se trata de gerar perspectivas de longo prazo. Os responsáveis pelos projetos querem ajudá-los a comercializar produtos regionais como queijo, carne e mel – desde que sejam produzidos de forma ecológica, com o gado sendo criado apenas nas áreas indicadas, por exemplo. Os moradores da região também devem ter direito a lenha produzida sustentavelmente, já que no inverno as temperaturas ficam abaixo de 20ºC negativos. Tensões políticas – o principal desafio - Desde que o primeiro projeto de reflorestamento foi concluído, a WWF tem se preocupado em implementar mais projetos além das fronteiras. O Cáucaso se estende por uma área de 500 mil quilômetros quadrados em seis países: Geórgia, Azerbaijão, Armênia e partes da Rússia, da Turquia e do Irã.

Para os especialistas em florestas, o maior desafio são os constantes distúrbios na região. Existem mais de 40 etnias no Cáucaso. Mas Nugzar Zazanashvili mostra confiança. "Esta é uma região montanhosa, tensões e guerras são uma constante aqui. Mas sempre houve também uma espécie de ?identidade caucasiana? e ?fair play?". Isto quer dizer que, mesmo que os povos da região não consigam encontrar uma diretriz política comum, "nós nos esforçamos em conjunto para proteger o meio ambiente e a natureza", analisou o ambientalista. Para a WWF, o principal objetivo da cooperação além das fronteiras é ligar as áreas protegidas através dos chamados ?corredores verdes?, criar redes para o desenvolvimento ecológico e social da região e, finalmente, oferecer habitat natural suficiente para que espécies ameaçadas de extinção, como o leopardo, possam viver. (Fonte: Folha.com)







©UN | Plugar Informações Estratégivas S.A

Nenhum comentário:

Postar um comentário

opinião e a liberdade de expressão

Manoel Messias Pereira

Manoel Messias Pereira
perfil

Pesquisar este blog

Seguidores

Arquivo do blog