sábado, 2 de fevereiro de 2013

Agentes comunitários de prevenção são homenageados durante lançamento da campanha contra DST/Aids




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Agentes comunitários de prevenção são homenageados durante lançamento da campanha de contra Aids/DST

Durante o lançamento da campanha de prevenção às DST/aids no Carnaval, ocorrido nesta quinta-feira, 31 de janeiro, no Morro do Prazeres, região central do Rio de Janeiro, o Ministério da Saúde homenageou 18 agentes de prevenção que atuam em comunidades carentes do Rio.



A ação faz parte do Projeto Aids e Comunidades, uma parceria entre a ONG “Centro de Promoção da Saúde” (Cedaps) e o Ministério da Saúde.

Conheça abaixo um pouco de cada agente homenageado. As fotos e as informações foram divulgadas pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministérrio da Saúde.





____Ana Manço, 59 anos de idade, mora no Parque Proletário da Penha e trabalha com educação e saúde há 25 anos. Fundou a Associação Comunitária Educativa da Penha (Ascep), instituição que desenvolve atividades de cunho social nas áreas de prevenção e promoção da saúde sexual e reprodutiva, DST/aids, tuberculose, educação jurídica popular e alfabetização de jovens e adultos. Além do público jovem, mães e mulheres negras são alvo das ações. A estratégia é fazer com que essas pessoas se tornem multiplicadoras de informações, a fim de atingir diversos públicos e faixas etárias na Comunidade. Ana é agente comunitária de saúde da Clínica de Saúde da Família. Sua inspiração para continuar o trabalho é reduzir ainda mais o estigma e o preconceito que atinge a população negra moradora da favela.













_____Carmem Lúcia Bento, 48 anos de idade, moradora de Mato Alto, Jacarepaguá, fundou o Centro de Apoio Social do Mato Alto, em 2003. Em seu trabalho de prevenção, utiliza como estratégia principal a música, principalmente funk e hip hop. Como consequência do envolvimento nas atividades de prevenção, Carmem voltou a estudar e atualmente é técnica de enfermagem. Dedica-se ao trabalho junto à população LGBT, em especial as lésbicas. A abordagem visa à redução do estigma e do preconceito, com finalidade de aumentar a autoestima desse segmento.













____Cris dos Prazeres, 40 anos de idade, é uma pernambucana que adotou o Rio de Janeiro desde a adolescência. Acostumada a morar em um sítio, inicialmente achou caótica a vida na favela: a geografia tumultuada era muito diferente do ambiente ao qual ela estava acostumada. Ao mesmo tempo, se deparou com o lado solidário e acolhedor da Comunidade, o que lembrava muito sua herança nordestina.



O envolvimento com o Morro dos Prazeres foi tão intenso que a dura realidade que a cercava começou a incomodá-la. Cris não entendia o que levava uma pessoa a se envolver com violência e tráfico de drogas. Ela sentiu que precisava se engajar e intervir de alguma forma. Daí surgiu o projeto PROA: Prevenção Realizada com Organização e Amor, em 1999. A ideia não era criar uma organização não governamental, e sim um grupo de pessoas que se mobilizasse. É assim que o trabalho funciona e que avançou nesses 14 anos de atuação.



Cris é uma grande mobilizadora de rede. Está sempre atenta às necessidades da Comunidade e em busca de parcerias. É o tipo de líder atuante: participa de conselhos comunitários, visita unidades de saúde para saber como está o atendimento aos usuários, frequenta reuniões das escolas locais. Mais do que falar sobre prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, Cris atua com mudança de comportamento e resgate de autoestima.



O trabalho do PROA começou com um banco de preservativos para distribuição de camisinhas a moradores cadastrados. Com o passar dos anos, outras ações foram agregadas às atividades. Um dos focos de atuação passou a ser homens e mulheres ligados ao tráfico de drogas. A ideia era fornecer insumos de prevenção a essas pessoas, para evitar que a aids se espalhasse na Comunidade. Hoje, as camisinhas estão presentes gratuitamente em vários bares e na lan house do bairro. Para conscientizar os moradores sobre a importância da prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, as ações envolvem toda a família. São realizadas atividades como Chá de Mulheres, oficinas de esporte, lazer e cultura. As atividades são voltadas não apenas para a prevenção, mas principalmente para a promoção da saúde.





Denildes da Silva, 38 anos de idade, é assistente social e atua no programa Saúde e Prevenção nas Escolas de Itaboraí. Moradora da Vila Cruzeiro, na Penha, fundou o Centro de Referência para Saúde da Mulher (Cresam), organização não governamental que atua desde 1996 junto a mulheres de comunidades empobrecidas. Ela realiza palestras sobre saúde reprodutiva, direitos da mulher e, principalmente, prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. O Cresam promove ações educativas para mulheres e adolescentes. É filiado ao Fórum de Ong/Aids do estado do Rio de Janeiro e também faz parte do Grupo Articulador Local da Plataforma dos Centros Urbanos, iniciativa do UNICEF. Uma das inovações do trabalho são ações educativas veiculadas em rádios comunitárias.







____Eliane Lima, 49 anos de idade, perdeu a filha e a irmã em trágico acidente automobilístico, o que a motivou a realizar trabalhos sociais e de prevenção à aids e às doenças sexualmente transmissíveis. Moradora do Batan, em Realengo, fundou o Centro Cultural e Social. Os projetos estão pautados na perspectiva da transformação social, por meio de práticas de promoção da saúde e prevenção de doenças. O Centro Comunitário é referência local nas ações de qualificação profissional, arte, cultura, educação e esporte. Atualmente, ela realiza trabalho junto a pessoas que vivem com HIV/aids visando à inserção no mundo do trabalho.

















____Felipe Vieira dos Santos, 35 anos de idade, é agente comunitário de saúde no Morro do Borel e fundador do Núcleo de Prevenção às DST/HIV/Aids da Comunidade do Borel. Realiza ações voltadas para todas as faixas etárias, com foco, principalmente, na redução do estigma e do preconceito relacionados à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e às religiões de matriz africana. Felipe ainda faz parte da Associação de Agentes Comunitários de Prevenção do estado do Rio de Janeiro, onde defende os direitos dessa classe profissional. Sua atuação é inspirada principalmente na vida de Valda Santos, líder comunitária que viveu com HIV e teve seu trabalho reconhecido na área.













_____Gilmar Santos da Cunha, 28 anos de idade, cursa Psicologia e propõe uma luta por igualdade e inclusão da população LGBT no Complexo da Maré, comunidade onde reside. A militância foi motivada pelas múltiplas violências sofridas – em casa, na escola e na comunidade – por ser jovem gay. Essa vivência impulsionou a criação de um trabalho de enfrentamento à homofobia, com foco na prevenção das DST/aids, promoção da saúde e autoestima de jovens gays em favelas. É fundador e presidente do Grupo Conexão G. O trabalho se fortalece por meio da realização de seminários, grupos de discussão, incidência política e cursos sobre direitos da população LGBT.











Iracy Maria Ramos, 55 anos de idade, missionaria evangélica, iniciou o trabalho em 1996, em Maurimárcia, no município de Magé. Reconhecendo as diversas necessidades da comunidade, constituiu uma associação para envolver essas pessoas na luta por direitos e cidadania. No encontro com outras lideranças comunitárias, conheceu o trabalho do CEDAPS, foi capacitada e se envolveu nas ações de prevenção das DST/aids.



Desde 2011 trabalha na estruturação do “Centro de Missão e Reabilitação Resgatando Vidas para um Novo Amanhecer”, casa de recuperação para dependentes de álcool e drogas, que tem como objetivo trabalhar corpo e espírito. A decisão dessa nova frente foi impulsionada pelo reconhecimento da situação de sofrimento de famílias com usuários de drogas, a partir de visitas as casas no trabalho de informação e combate a tuberculose.





Jaciara Gomes, 49 anos de idade, vive com HIV e mora no Morro do Chapéu, em Nova Iguaçu. Sua trajetória de trabalho e militância foi marcada por sua expulsão da comunidade que morava, por ser soropositiva. Entretanto, nunca desistiu do trabalho de prevenção e, com apoio da família, ela estrutura o Núcleo de Prevenção do Morro do Chapéu. O foco do seu trabalho são os jovens e sua principal estratégia é a utilização do futebol para tratar da prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.





Kakau Moraes, 42 anos de idade, é moradora de Rio das Pedras. Educadora social, distribui camisinhas e realiza oficinas de enfrentamento à epidemia junto a populações de difícil acesso. Ela também atua em rádios comunitárias como cantora de funk, com músicas que explicam como evitar a doença. Kakau teve a criatividade de tatuar no próprio corpo o que o Ministério da Saúde do Brasil considera ser a forma mais eficaz de prevenção à aids: “Sexo, só com camisinha”. Começou a se envolver com o tema da prevenção em 2002, utilizando como estratégia principal de trabalho a comunicação, por meio da utilização de redes sociais e web-rádio. Kakau percorre as ruas da Comunidade em sua “bicicleta da prevenção” e sonha com uma Van Show – carro equipado para shows itinerantes – para organizar ações de prevenção das DST, aids e tuberculose.





Lúcia Cabral, 44 anos de idade, é moradora do Complexo do Alemão e fundou o Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap), organização fundada por moradores – na maioria, jovens –, no ano de 2008. Atualmente, está cursando Serviço Social e trabalha na Organização Social “Viva Comunidade” como articuladora local de equipes do Programa Saúde da Família. As ações de prevenção na Comunidade são focadas na promoção da saúde e nos direitos humanos. Jovens envolvidos com o tráfico de drogas estão entre os principais públicos-alvo de atuação do Educap. Os fatores que motivam Lúcia e que servem de inspiração para continuar o trabalho são a falta de visão de futuro dos jovens moradores de favelas e as violações de direitos humanos que eles sofrem.





_____Marcia Helena de Souza, 61 anos de idade, fundou o Centro Comunitário Raiz Vida, em 1998, no bairro de Vila Isabel, onde mora. Trabalha com promoção da saúde, em parceria com a Rede de Comunidades Saudáveis do Estado do Rio de Janeiro. Atua em parceria com escolas de samba e unidades de saúde locais. O Raiz Vida é filiado ao Fórum de Ong/Aids do estado do Rio de Janeiro e também faz parte do Grupo Articulador Local da Plataforma dos Centros Urbanos, iniciativa do UNICEF.



Marcia iniciou seu trabalho de prevenção às DST/aids no Morro dos Macacos, local em que também atua, há mais de 20 anos, realizando visitas domiciliares, organizando grupos de apoio, prestando orientação e encaminhamento a serviços de saúde, assistência e educação. Também fornece informações sobre direitos humanos e promove cursos de qualificação profissional, feiras de saúde e ações de prevenção, em parceria com o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.













_____Mauro Lima, 26 anos de idade, enfrentou a dificuldade de falar sobre sexualidade com seus pais e conviveu de perto com a aids, doença que matou diversos familiares. Morador da Comunidade de Jardim Palmares, iniciou o trabalho de prevenção em 2003. É colaborador do Grupo Conexão G da Maré e participa do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas. Atua com grupos de jovens gays, discutindo temas como sexualidades e apoiando instituições locais no desenvolvimento de ações ligadas à saúde em sexualidade e diversidade. Articula lideranças jovens LGBT na Comunidade, organiza debates e disponibiliza preservativos e gel lubrificante, além de promover a aproximação entre serviços de educação, saúde e esporte.













_____Nemese do Nascimento, 70 anos de idade, começou a se engajar em trabalhos sociais em 1983. Entre os anos de 1989 e 2009 presidiu a Associação de Moradores do Morro da Fé, comunidade onde reside. O trabalho de prevenção foi iniciado a partir de 1990, quando ela identificou que famílias e jovens começavam a se desestruturar por causa do HIV e da pobreza. Atualmente realiza o trabalho de prevenção às DST/aids e tuberculose no Centro Social que criou: o Vivendo e Vencendo. As principais estratégias de atuação são o Camelô Educativo e rodas de conversa com jovens e familiares.



Outra ação que merece destaque é o trabalho de prevenção realizado com os usuários dos crack, uma iniciativa diferenciada e humanitária de acolhimento, direcionada a essa população, que também garante acesso ao preservativo. Nemese também atuou por mais de 10 anos no conselho de saúde, é militante do movimento feminista, educadora jurídica popular, voluntaria e membro do Conselho Gestor do Hospital Estadual Getúlio Vargas.













___Roberval Teles de Castro, 76 anos de idade, é pastor evangélico e morador de Vila Tiradentes, em São João de Meriti. Fundou o Centro de Reflexão e Apoio à Capacitação (CERAC), em 1993. Iniciou o trabalho de prevenção a partir do Centro de Recuperação de Usuários de Drogas que presidia. A sensibilização sobre a importância da prevenção das DST/aids entre os pastores evangélicos despertou a necessidade do uso de uma linguagem específica para esse segmento. Roberval desenvolve ações de promoção à saúde e prevenção de DST/aids e tuberculose, principalmente nas igrejas evangélicas, no município de São João de Meriti.

















____Rosângela Albergaria, 50 anos de idade, moradora de Nova Marilia, em Magé, é agente de prevenção e alfabetizadora do Programa MOVA Brasil e Brasil Alfabetizado. Iniciou o trabalho comunitário nos anos 1990. Em 1995 fundou o Comitê da Cidadania Bem Aventurado (CCBA), priorizando ações educativas e sociais de prevenção às DST/aids, tuberculose, raça, etnia e violência contra a mulher. Trabalha no combate à desnutrição infantil da Pastoral da Criança há mais de 10 anos. Orientadora social do Programa Pró-Jovem Adolescente, trabalha com publico de 15 a 17 anos inscritos no Programa Bolsa Família.











___Sônia Silva, 60 anos de idade, criou a Associação de Mulheres e Amigos do Morro do Urubu (Amamu). O trabalho de prevenção começou em 1999, em uma escola de informática. A sala de aula foi a porta de entrada para abordar questões que envolvem a aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Sônia teve que aprender como atingir o maior número de jovens possível. Daí surgiu a ideia de implantar o Camelô Educativo: a equipe da Associação passou a levar camisinhas, pênis de borracha e material informativo a eventos e locais de grande circulação de moradores, como jogos de futebol e paradas de ônibus.



Outra ação bem-sucedida foi a instalação, em bares, tendas, depósitos de bebidas e de gás, de porta-camisinhas feitos de garrafas pet – um produto de baixo custo e ecologicamente sustentável. Hoje, os moto-taxistas também são parceiros estratégicos no desenvolvimento do trabalho. Com uma caixa de som na garupa, eles aproveitam os momentos de folga para transmitir mensagens de prevenção pelas ruas da Comunidade.



Sônia é aposentada; porém, está cada dia mais atuante. Além da dedicação à Amamu, voltou a estudar. Cursa Turismo e já vê na nova profissão uma oportunidade de multiplicar as ações de prevenção que desenvolve no Morro do Urubu para outros lugares do Rio e do Brasil.





____Tânia Silva, 52 anos de idade, é conhecida como a “tia da camisinha” na Comunidade Edson Passos, na Baixada Fluminense. Ela foi uma das fundadoras da Associação de Mulheres local, em 1999. Seu contato com a aids ocorreu anos antes, quando trabalhou na Sociedade Viva Cazuza – instituição que presta assistência a crianças e adolescentes que vivem com a doença. Daí surgiu a ideia de continuar propagando informações sobre prevenção e de dar apoio às pessoas infectadas.



A principal estratégia de enfrentamento da epidemia são as rodas de conversa, que incluem troca de informações sobre saúde e oferta de camisinhas. Uma brincadeira que também dá muito certo para “quebrar o gelo” sobre o assunto é a do espelho. O objeto é utilizado para mostrar que hoje a aids não tem cara e pode estar presente em qualquer casa. A abordagem inclui a perspectiva dos direitos humanos e da redução do preconceito. Pelo reconhecimento na Comunidade, até a casa de Tânia se tornou um ponto de distribuição de preservativos, a qualquer hora do dia ou da noite.



Redação da Agência de Notícias da Aids



















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Manoel Messias Pereira

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