terça-feira, 13 de março de 2012

Sylvia Purita uma saudade

Ao receber o jornal "Diario da Região" de 13 de março de 2012, numa terça feira morna, tive os olhos voltado na Coluna "Cartas do Leitor", e com certeza neste espaço a ternura de uma crônica, do escritor
e jornalista Waldner Lui, que como sempre utiliza as palavras, com o dom de mágico, um encantador e escreve "Doce Sylvia".

Neste texto ele diz "Poetou a vida com a necessidade da sobrevivencia um instinto humano que é sempre pautado pela necessidade de amar o próximo. Poetou a vida com palavras que são um elogio a força dos que sobrevivem, dos que trabalham no limiar da dignidade e, ainda assim, descobrem caminhos obvios para a felicidade."

E no Cantinho da Saudade o Diario trouxe a mais francesa das professoras.

Recordo que uma vez, no Teatro Seta, fui assistir uma peça, chamada "O anjo Negro", eu chegar na entrada, um recado o Sr. Manoel Messias e a Sra.Sylvia Purita, são convidados de honra dos autores da peça. Confesso que fiquei na oportunidade bem lisongeado. Conversei algumas vezes com Sylvia Purita na Catedral e ela estava sempre preocupada, com alguém, com alguma pessoa, como os "Anjos da Guarda", velando pela ternura do outro.

Na ARPE - Associação Rio-pretense de escritores, ela compareceu algumas vezes, e recordo que a ex-presidente, dizia ela era "Um anjinho de louça". Sempre risonha terna, vestida de branco, como um manto de Oxá-Alá.

Na última vez que ouvi falar dela foi da boca de Jorge Bittar, que numa reunião do Conselho da Sociedade de Cultura Artística na casa de Cultura diz,  que ela fora internada, por sua sobrinha, isto no ano passado. Pouco sei sobre o mal, em relação a sua saúde e o que permitiu fazer a viagem até o infinito, e deixar a todos nós, chamando o seu nome, e respondendo juntos "Presente, Presente, Presente.

O jornal trouxe que a sua morte deu-se no dia 10 de março de 2012, dia em que na Tela da Reflexão, transcrevemos o "Lembrete " de Carlos Drumond de Andrade "Se procurar bem, você acaba encontrando/ não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia inexplicável da vida."

É inexplicável a poesia que passa em forma de professora por essa vida, deixa um sorriso, um afago, e parte para as estrelas, com a mesma ternura em que nasceu em Rio Claro e faleceu em Rio Preto ao som de "Petit Fleur" de Billy Voughn. O nosso coração hoje tem hoje Sylvia Purita como uma saudade.




Manoel Messias Pereira
professor, poeta

São José do Rio Preto-SP

2 comentários:

  1. saudades mil, desta pessoa que me deu aulas de preparação para a crisma... e que sempre esteve a frente do grupo de jovens JUNIC (jovens unidos em cristo)com o nosso amigo Takão..... mas estou feliz em saber que ela esta do lado do nosso amigo fiel José Antonio que foi sepultado em Jose Bonifácio .. SAUDADES QUE O TEMPO NAO PODERAO APAGAR ..... Valeria Velo e Familia

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  2. Nossa, foi Professora de minha mãe, por volta dos anos de 68, 69 e 70, no Colégio Santo André, em SJRPreto-SP. A paixão por estudar francês, por anos, nascida em minha mãe, foi inspirada por esta professora. Uma dama respeitada em nossa cidade.

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